Tecnologia a laser ajuda a revelar cidade escondida sob floresta

Imagine que existam cidades inteiras cobertas por florestas em locais que nem poderíamos imaginar. E se a ciência e tecnologia começassem a revelar a existência dessas arquiteturas escondidas? Não seria incrível?

Pois está acontecendo…

Uma tecnologia chamada LiDAR (a sigla inglesa Light Detection And Ranging) está provando ser uma ferramenta valiosa na arqueologia. Usando essa varredura a laser, cientistas da Fundação PACUNAM descobriram antigos assentamentos de uma civilização maia clássica, na Guatemala.

LiDAR funciona como um “radar de laser” muito eficiente para estudos de engenharia, arqueologia, geografia, entre outros. É uma técnica poderosa para o mapeamento tridimensional (3D) e, na região estudada pelos cientistas na Guatemala, foi possível estimar a existência de edificações e evidências de plantações agrícolas. Também foram reveladas rodovias que conectam centros urbanos.

Os cientistas envolvidos no trabalho concluíram que no local existiram cidades muito povoadas e com vários graus de urbanização. Desde 2016, o projeto mapeou mais de 2 mil quilômetros quadrados da Reserva da Biosfera Maia, na Região de Petén, produzindo o maior conjunto de dados do LiDAR já obtido para pesquisas arqueológicas.

Debaixo das maravilhas naturais, estão escondidas 61.480 estruturas maias antigas.

A civilização maia da Guatemala existiu entre 1000 aC a 900 dC. Conhecida por sua sofisticação em escrita, arte, arquitetura, astronomia e matemática, as evidências sobre esta civilização ainda são escondidas por florestas inacessíveis e muitas questões permanecem em aberto na ciência.

O uso do LiDAR permite uma era ousada de pesquisa e exploração. Além disso, a reavaliação da demografia, agricultura e  política da civilização maia.

O projeto mapeará, ao todo, mais de 14 mil quilômetros quadrados das planícies da Guatemala, parte de um sistema de colonização pré-colombiana que se estendeu para o norte até o Golfo do México.

 

Fonte das informações: Ancient lowland Maya complexity as revealed by airborne laser scanning of northern Guatemala