Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Cientistas do Jardim Botânico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte estão trabalhando para preservar uma espécie de cacto, muito rara e ameaçada de extinção

O Arthrocereus glaziovii (Cactaceae) foi descoberto há cerca de três anos no Parque da Serra do Curral e vem ganhando a atenção de pesquisadores.

O cacto cresce sobre rochas ricas em minério de ferro, por isso é encontrado em pouquíssimos lugares.

Em Minas Gerais, já foi visto em Itabirito (Estação Ecológica de Arêdes), Serra da Moeda, Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Serra da Piedade,  Nova Lima, Itatiaiuçu e Serra do Curral.

Há uma preocupação grande com a conservação da espécie, pois o cacto cresce perto de áreas urbanas. Por causa disso, sofre com a ação humana.

Ele é alvo dos efeitos da mineração por crescer nas regiões ricas em minério e está correndo risco de sumir. Já faz parte até da Lista da União Internacional para a Conservação da Natureza em reúne o nome de plantas em perigo de desaparecer.

Arthrocereus glaziovii em seu ambiente natural. Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Arthrocereus glaziovii em seu ambiente natural. Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Ciência a favor da natureza

Um grupo de cientistas está mapeamento da população de cactos e investigando “história de vida” das plantas. É preciso saber tudo sobre o Arthrocereus glaziovii para tentar criar formas de cultivá-lo.

Cientista trabalhando nas pesquisas sobre o cacto. Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Cientista trabalhando nas pesquisas sobre o cacto. Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Os pesquisadores querem, futuramente, ter condições de guardar sementes e replantar este cacto. Um dos caminhos de investigação é entender exatamente como funciona a reprodução do vegetal, principalmente em que época florescem e quem são os polinizadores. Também é importante saber qual é o solo que eles mais gostam para conseguir agradar a espécie no replantio.

O trabalho da ciência é desafiador e delicado, pois a planta gosta de um ambiente restrito. Precisa também de temperatura, umidade e altitude especiais.

Para se ter uma ideia, o Arthrocereus glaziovii gosta de viver em espaços com altitude entre 1.300 e 1.750 metros, geralmente áreas montanhosas.

Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Foto: Suziane Fonseca/ FPMZB/Divulgação

Fonte das informações: Prefeitura de BH