Cientistas do Jardim Botânico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte estão trabalhando para preservar uma espécie de cacto, muito rara e ameaçada de extinção
O Arthrocereus glaziovii (Cactaceae) foi descoberto há cerca de três anos no Parque da Serra do Curral e vem ganhando a atenção de pesquisadores.
O cacto cresce sobre rochas ricas em minério de ferro, por isso é encontrado em pouquíssimos lugares.
Em Minas Gerais, já foi visto em Itabirito (Estação Ecológica de Arêdes), Serra da Moeda, Parque Estadual da Serra do Rola Moça, Serra da Piedade, Nova Lima, Itatiaiuçu e Serra do Curral.
Há uma preocupação grande com a conservação da espécie, pois o cacto cresce perto de áreas urbanas. Por causa disso, sofre com a ação humana.
Ele é alvo dos efeitos da mineração por crescer nas regiões ricas em minério e está correndo risco de sumir. Já faz parte até da Lista da União Internacional para a Conservação da Natureza em reúne o nome de plantas em perigo de desaparecer.
Ciência a favor da natureza
Um grupo de cientistas está mapeamento da população de cactos e investigando “história de vida” das plantas. É preciso saber tudo sobre o Arthrocereus glaziovii para tentar criar formas de cultivá-lo.
Os pesquisadores querem, futuramente, ter condições de guardar sementes e replantar este cacto. Um dos caminhos de investigação é entender exatamente como funciona a reprodução do vegetal, principalmente em que época florescem e quem são os polinizadores. Também é importante saber qual é o solo que eles mais gostam para conseguir agradar a espécie no replantio.
O trabalho da ciência é desafiador e delicado, pois a planta gosta de um ambiente restrito. Precisa também de temperatura, umidade e altitude especiais.
Para se ter uma ideia, o Arthrocereus glaziovii gosta de viver em espaços com altitude entre 1.300 e 1.750 metros, geralmente áreas montanhosas.
Fonte das informações: Prefeitura de BH
Uma coisa que é preciso ser dita sobre o “Arthrocereus glaziovii” é o cheiro da sua flor: é extremamente forte, fantástico. Pena que floresce pouquíssimas vezes ao ano (creio que não mais que duas), e a flor se abre durante a noite e não passa do dia seguinte. É um espetáculo. Eu tinha 9 anos quando coletei um, bem pequeno, numa mata próxima à lagoa do Miguelão, em Nova Lima. Isso foi em dezembro de 1989, ou seja, há quase 30 anos. Até hoje está vivo, na casa dos meus pais.
A propósito, eis uma foto minha com meu cactus em 1991, cerca de 2 anos depois de pegá-lo. Quando o coletei, era bem pequeno.
A propósito, eis uma foto minha com meu cactus em 1991, cerca de 2 anos depois de pegá-lo. Quando o coletei, era bem pequeno.
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Nossa, que fofo! Me vende uma mudinha, rs!!!
Que bacana, Gustavo! Obrigada pelo envio!
Adoramos saber do seu afeto pelo Arthrocereus glaziovii!