Quem aí já plantou uma semente de feijão no algodão? É bem provável que você tenha respondido que sim!
Plantar a semente, molhá-la diariamente e acompanhar sua gradativa germinação são alguns dos primeiros contatos que temos com a botânica, área da biologia que estuda as plantas.
Inspirado nessa experiência, o estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB/UFMG), Anderson Almeida, criou o jogo Meu pé de feijão.
“Meu primeiro contato com o curso de ciências biológicas foi na Universidade Federal em Diamantina (UFVJM), onde eu cursava a graduação em Química. Na época, pude perceber o dinamismo do curso de Biologia e ver os estudantes em contato direto com a natureza. Resolvi tentar um novo ingresso na Universidade e passei na UFMG em Ciências Biológicas. Como gosto muito do contato com a natureza e costumo fazer trilhas, o interesse pela Botânica foi algo natural. Logo no início do curso, o interesse maior era em temas relacionados à preservação e educação ambiental. Por isso, o desenvolvimento do jogo, focado nos primeiros anos da educação escolar, pode ajudar as crianças a se tornarem adultos antenados nas questões ambientais e sociais”, conta Anderson.
Jogando e aprendendo
Segundo Anderson, o objetivo do jogo é aliar a tecnologia e a educação, despertando o interesse de estudantes do ensino fundamental e médio para o estudo da botânica.
“É um recurso didático interessante para o aprendizado e reforço escolar”, diz Anderson.
No game, o personagem Andinho ajuda os animais a recuperarem os feijões roubados pelo temido professor Botânicous.
O jogador precisa se esquivar de lagartas mortais e outras armadilhas, sem deixar de colher os grãos espalhados pelo caminho.
Em cada fase, o jogador entra em contato com diversos conteúdos – vídeos, imagens, textos e perguntas – que auxiliam a compreender as estruturas, o desenvolvimento e a fisiologia do feijoeiro.
O jogo está em sua versão beta de desenvolvimento (é como se fosse uma fase de testes) e é composto de duas etapas: fase da semente e fase da raiz.
Ao fim de cada uma, o jogador deve responder algumas perguntas interativas acessadas pelo celular, por meio de QR Code.
O jogo Meu pé de feijão também possibilita a professores acesso ao banco de dados gerado para visualizarem as respostas dos seus alunos.
Incentivos
A ideia do jogo nasceu a partir de um projeto sobre anatomia e fisiologia vegetal realizado em uma das disciplinas do curso de Ciências Biológicas.
Posteriormente, Anderson decidiu adaptá-lo para a educação básica, de forma fazer dele uma plataforma para auxiliar o ensino de botânica.
“O feijão é um meio de quebrar a barreira que existe entre crianças com as plantas. Eu espero que elas aprendam o básico da botânica, como o que é raiz, caule, folhas, de um modo lúdico e divertido. Podem aprender também um pouco da morfologia e anatomia do feijoeiro. Como as plantas seguem um padrão, se você aprender um pouquinho que seja sobre uma, pode extrapolar seu conhecimento para todas as outras”, detalha Anderson.
Como o jogo está na versão beta, as sugestões de estudantes e professores são importantes para seu aperfeiçoamento.
Colabore!
Opiniões, ideias e colaborações sobre a utilização do Meu pé de feijão podem ser enviados para o e-mail [email protected].
Assista ao vídeo de divulgação da versão beta do Meu pé de feijão, produzido pela Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae):
A ideia de unir entretenimento e estudos é ótima, mas ao jogar o jogo podemos perceber uma grande falha nas universidades e na divulgação científica no nosso país. Os projetos precisam ser pensados, não só de forma transdisciplinar, mas também com o viés mercadológico. Não no sentido de gerar lucro e renda, mas de ser pensado e estruturado corretamente para atrair público.
Design, jogabilidade e, mais importante, agregar valor ao conhecimento.
O QR code me levou pra um spreadsheet do google e nem me falou se acertei ou não as respostas.
No jogo, tem um vídeo dele falando (sem legendas e eu tô sem audio no computador) e não consigo continuar o jogo até o video terminar.
Não se cria o desejo de jogar ou de aprender. Eu não ganho pontos ou itens pelas perguntas que acerto, nem pelas informações que aprendo.
Essas críticas precisam ser tecidas. Nossa ciência está vivendo um período muito crítico e a formação de novos cientistas é praticamente uma forma de militância.
Acho que, ao invés de ficar comentando por aqui, é mais útil enviar um e-mail ao desenvolvedor, né?
Oi Elisa! Obrigada pelos seus comentários! Você pode falar diretamente com o desenvolvedor pelo e-mail . Vou avisá-lo sobre seu comentário. Um abraço!
Bom dia Elisa,
O jogo está em fase de teste e sua opinião é de suma importância Elisa no desenvolvimento do Jogo, sabemos da mazela atual da ciência do nosso país e mesmo com poucos recursos nossos cientistas seguem na luta. Pensando justamente nesta divulgação científica que às vezes é falha e nao chega nas grandes massas do povo brasileiro que o jogo foi criado, em meus estágios da graduação o aluno do ensino médio não sabem que o feijão e uma semente e não era escola ruim era uma escola de ponta de belo horizonte e conversando com professores percebi que isso era um coisa generalizada não se tem quase nenhum conhecimento botânico, por isso que lancei o jogo para que todos possam dar sua opinião seja professor, aluno ou pesquisador, e assim construir um jogo que fato tenha interesse para o público. Porque na minha experiência com jogos, os jogos de um modo geral são muito conteudista são simplesmente uma extensão da sala de aula tradicional com o professor na frente com quadro e giz, basicamente esses jogos são somente de pergunta e resposta, isso independente de ser digital ou não, agora imagina um jogo qualquer hipotético desenvolvido que teve financiamento que foi lançado, e foram feitos Cds para divulgação esse jogo foi pensando para o aluno de fato? Ele foi consultado a jogabilidade e design foi de fato pensando no aluno ? se o jogo não despertar o interesse do aluno seja visual ou por outro meio, o jogo perde sua função porque simplesmente aquele aluno vai jogar porque o professor pediu que ele jogasse, para perceber isso e só ver como os alunos ficam vidrados quando estão jogando no smartfone ou no PC. Na minha opiniao nao se pensa que quem vai jogar o jogo e o aluno e se o aluno não se interessar o jogo simplesmente morre com o tempo. Por isso o jogo meu pé de feijão foi lançando em uma versão de testes beta para se tornar um jogo construído por alunos e professores, e assim beneficiando a todos.
Eliza seus pontos você pode ver neste site https://sites.google.com/view/botanicakids/inicio se voce respondeu e enviou as respostas ele está na capa do jogo e no final do jogo também você pode acessar o link onde está escrito ‘’Os melhores jogadores’’ com um setinha subindo e descendo. infelizmente os videos nao tem legenda você terá que escutar com um fone ou com caixinhas de som, mas é uma ideia a se pensar.
Um abraço!
Anderson Almeida