Talvez você ainda não tenha estudado química na escola, mas já deve ter visto uma tabela periódica por aí.

Esse quadro colorido cheio de números, siglas e nomes complicados tem uma longa história…

No século XVI, quando a alquimia se separou da química, foi dado início à organização de uma lista com os elementos conhecidos até a época.

Nos anos seguintes, um grande volume de conhecimento relativo às propriedades dos elementos e seus compostos foram adquiridos pelos químicos, e o número de elementos não parou de crescer.

Os cientistas, então, passaram a investigar modelos para reconhecer as propriedades e desenvolver esquemas de classificação.

Reprodução / IUPAC / Versão mais atual da tabela, de 2016

A primeira tabela periódica

A primeira tentativa ficou conhecida como as tríades de Döbereiner, grupos de três elementos com propriedades similares, ideia que foi expandida por outros cientistas.

A tabela periódica como a conhecemos hoje agrupa elementos que têm propriedades químicas e físicas semelhantes. O inventor desta versão da tabela, de 1869, foi Dmitri Mendeleev, um químico russo.

A versão da tabela de Mendeleev foi aprimorada ao longo do tempo para contemplar os elementos que vieram a ser descobertos até atingir o formato padrão da atualidade.

Demorou quase um século de tentativa e erro para os cientistas organizarem a tabela periódica de elementos. Ela é considerada uma das maiores realizações científicas em química e sua forma atual tem elementos incorporados em 2016.

Inteligência artificial recria a tabela periódica

Em um primeiro passo para gerar um programa de inteligência artificial capaz de encontrar novas leis da natureza, uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, criou um programa que conseguiu reproduzir a tabela periódica.

Chamado Atom2Vec, o programa aprendeu com sucesso e em poucas horas a distinguir entre diferentes átomos após analisar uma lista de nomes de compostos químicos a partir de um banco de dados online.

Essa inteligência artificial não foi supervisionada e usou conceitos emprestados do campo do processamento de linguagem natural para agrupar os elementos de acordo com suas propriedades químicas.

Com isso, os pesquisadores mostraram que a inteligência artificial pode ser inteligente o suficiente para descobrir a tabela periódica por conta própria.

A pesquisa foi publicada na revista acadêmica Proceedings da National Academy of Sciences.

Para os pesquisadores, este foi um importante primeiro passo em direção a uma meta mais ambiciosa: projetar um substituto para o teste de Turing – o atual padrão para determinar a inteligência das máquinas.

Mas isso já é assunto para outro texto… 😉

Com informações da Universidade de Stanford.