O plástico vem do petróleo, é o mais famoso dos polímeros e leva 400 anos para desaparecer. O petróleo é um óleo mineral denso e escuro que é retirado do subsolo. Para extrai-lo, é necessário fazer um buraco bem fundo em terra firme ou no mar.
Depois de retirado ele é levado para uma refinaria, onde é separado em diferentes substâncias. Cada substância serve para criar um tipo de produto, que também são chamados de derivados. Um desses derivados, é a nafta.
Nafta é a matéria prima para a indústria de plásticos. O plástico é uma macromolécula formado por unidades menores, as moléculas.
Os polímeros foram descobertos em 1934 e, embora pareçam recentes, são importantes para nossas vidas e um dos vilões para o meio ambiente. Para produzir o plástico é gasto muita energia, além de demorarem em torno de 400 anos para desaparecerem no meio ambiente.
Até o século passado, os polímeros eram retirados da natureza, como celulose e borracha. Essas matérias primas se tornaram caras e raras então, foi preciso que as indústrias passassem a criar seus próprios polímeros.
TECNOLOGIA PARA RECICLAGEM
O Laboratório de Engenharia de Polímeros e Compósitos da Escola de Engenharia da UFMG (LEPCom) desenvolve estudos que buscam o aprimoramento do plástico para minimizar as questões ambientais, pensando em conciliar sustentabilidade ambiental e os benefícios práticos.
Rodrigo Oréfic, professor e chefe do LEPCom, conta que “os polímeros têm suas vantagens, mas precisam de todo controle e bom senso na sua produção e utilização”
Oréfic conta que os polímeros sintéticos, que são desenvolvidos nas indústrias, são mais estáveis mecânica e quimicamente, o que dificulta o seu desaparecimento de forma natural. Eles demoram séculos para se desfazerem!
Pensando em aperfeiçoar a reciclagem, o professor realiza um estudo em que propõe a criação de produtos que consomem menos energia e fazem uso de matéria-prima extraída da natureza. Oréfic acredita que é necessário um avanço tecnológico na geração de novos polímeros porque, a cada reciclagem, a tendência é os plásticos perderem propriedades, ficando quebradiços, opacos, com qualidade inferior à inicial.
Para recuperar as propriedades iniciais dos plásticos, o laboratório faz uso de nanotecnologia nos polímeros reciclados. Ao utilizar nos polímeros uma pequena partícula natural, os nanocristais de quitina, que são retirados de carapaças de insetos e crustáceos, as propriedades iniciais foram recuperadas.
Algumas garrafas PET e sacolas plásticas já são feitas com mistura de polímeros sintéticos e naturais. No LEPCom foi desenvolvida uma sacola plástica utilizando polímeros originários da quitosana (derivada da quitina), pectina e amido, que serve como estímulo para a indústria. A pesquisa foi desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), com apoio da Petrobras.
Fontes: UFMG e TV Escola.
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