Estudantes do Ensino Médio do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG) participaram de um projeto de produção e divulgação científica nos últimos meses, durante o período sem aulas por causa do isolamento social. Os resultados foram experiências e produtos de comunicação cheios de criatividade e com muito conteúdo científico. Entre os temas trabalhos estão DNA, toxicidade de plantas e pandemia do coronavírus.
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Para estimular os alunos, entre diversas atividades interdisciplinares, foram lançados desafios dentro do projeto “Aprendendo na Quarentena” para que o estudante pudesse realizar experimentos em casa, explicar as etapas e apresentar resultados. Os professores orientaram durante um curso, tarefas como extração e observação de DNA sem microscópio, além da avaliação da toxidade de plantas. Também foi proposta a produção de um material informático sobre a Covid-19.
Os destaques
A estudante Júlia de Melo e Souza, 1ª ano do Ensino Médio Técnico em Hospedagem, levou o primeiro lugar do desafio com a experiência de extração de DNA de morangos. Ela relatou toda a experiência em um vídeo. “Estávamos trabalhando o conceito de genética e produção de vacinas. Com a experiência de retirada do DNA, consegui visualizar bem o que acontece nesse processo científico. Tudo isso, sem ir a um laboratório ou usar microscópio. Consegui, na minha casa, ver material genético, entender elementos necessários para romper a membrana nuclear”, conta. O vídeo foi produzido por ela com a ajuda do pai e edição de um tio.
O segundo lugar do desafio ficou com a Lívia Cristine de Rezende Alves (16), 1º do Ensino Médio Técnico em Hospedagem em Edificações. Ela coletou o gel da babosa, escolhida por ser popular e acessível, para testar a toxicidade dessa planta em sementes de pepino. Após uma observação de três a quatro dias, apesar do escurecimento das sementes, chegou a uma conclusão. “Tendo em vista que as sementes germinaram de maneira uniforme e lentamente, percebi que a babosa não apresentou comportamento tóxico e sim estava ajudando as sementes a se desenvolverem”, disse. Ela também registrou a experiência em vídeo.
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O terceiro lugar ficou com a equipe XLIGA_AC (@xliga_ac), que critou conteúdo no científicono Titktok sobre lavagem das mãos, sobre saúde mental na quarentena e dados sobre vacina. Segundo os alunos envolvidos, a proposta foi pensada para combater as fake news e desinformação.
Atividades pedagógicas
O curso reuniu sete professores de diferentes áreas (Biologia, Geografia e Química), além de 200 alunos que, voluntariamente, participaram das atividades pedagógicas propostas. Mais de 80 deles concluíram todas as etapas e receberam certificados.
Para a coordenadora do projeto, professora Fabiana da Conceição Pereira Tiago (Departamento de Ciências Biológicas), os resultados foram surpreendentes: “A execução do curso foi gratificante para toda a equipe, que se capacitou e se dedicou a elaborar materiais que contribuíssem para os aprendizados dos estudantes. E os desafios permitiram que eles vivenciassem a ciência em casa e a socialização, mesmo em isolamento social”, finalizou.
O time de formadores, além da coordenadora, contou com o apoio dos professores Andrea Rodrigues Marques Guimarães (coordenadora- adjunta), Clayton Costa, Fernanda Badotti, Leila Saddi Ortega, Luzia Sergina, Mariana Martins Drumond, Fabiana Moura (Técnica de Laboratório) e João Archanjo da Silva Neto (Graduação Engenharia Mecânica).
(Com informações da assessoria de imprensa do CEFET-MG)