Já se imaginou dirigindo um veículo no meio da chuva sem limpador de pára-brisas? Desesperador, não? Mas os carros do início do século não tinha este “acessório”. Até que uma brilhante mulher, a americana Mary Anderson, teve a brilhante ideia de inventá-lo.
Não foi tão simples. Marion estava dirigindo em um dia de chuva e percebeu a necessidade de um objeto que retirasse toda aquela água e ela pudesse voltar para a casa em segurança. O marido a desencorajou, mas ela não desistiu. Fuçou, investigou, desenhou e finalizou o projeto. O segundo desafio foi encontrar uma empresa que comprasse a ideia. Por sorte (nossa, da Ford e da Mary) a Ford comprou. Mary Anderson ficou rica, trocou de casa, guarda-roupas e marido. Ela patenteou a invenção em 1903, descrita na época como “ Braço oscilante com uma lâmina de borracha operado pelo condutor de dentro do veículo através de uma alavanca”.
Em 1956, no Texas (EUA), a secretária Bette Nesmith Graham estava nervosa por ter que reescrever textos em outra folha de papel quando cometia algum erro. Ela inventou o corretivo e também ficou rica.
Outra invenção indispensável nos dias de hoje são as fraldas descartáveis. Quem é mãe sabe do que estou falando. E, é claro, elas também foram inventadas por uma mulher: Marion Donovan. Em meados dos 50, a jovem mãe americana estava frustrada com a tarefa, ingrata e repetitiva, de trocar fraldas seu filho mais novo e decidiu criar uma capa de fralda para manter seu bebê – e arredores – seco. Donovan sentou-se à máquina de costura com uma cortina de chuveiro e, após várias tentativas, ela confeccionou uma cobertura de tecido impermeável. Seu projeto seguinte foi uma fralda totalmente descartável, desenvolvida com um tipo especial de papel absorvente, capaz de manter o líquido longe da pele do bebê. Donovan levou o produto acabado para cada grande fabricante dos Estados Unidos, mas mais uma vez não encontrou compradores. Todos diziam que a idéia era supérflua e impraticável. Até que, quase uma década depois, em 1961, Victor Mills inspirou-se na criação de Donovan para criar a Pampers. Marion registrou 20 patentes ao longo de sua vida.
Outra invenção importante – e nada feminina para a época – é o colete a prova de balas. Ele foi inventado por Stephanie Kwolek em 1966.
Não podemos esquecer também das brasileiras, como Beatriz de Andrade, que criou uma bacia conjugada a uma peneira – aquela que a gente usa para lavar o arroz: O invento fez o maior sucesso na Feira de Utilidades Domésticas de 1962. Como Beatriz recebia entre 2,5% e 10% das vendas, o escorredor deu uma bela força a seu orçamento familiar.
Bom, é impossível descrever em um só post todas as contribuições “femininas” para solucionar problemas e melhorar a vida da sociedade, mas aqui vai uma singela homenagem à todas as mulheres que inventam e se reinventam todos os dias.