Com casos de plágio acadêmico ganhando destaque na mídia, as universidades começam a desenvolver ações contra a má conduta científica. A educação tem um papel central nesse movimento pela ética na pesquisa e a formação de qualidade tem sido a grande aposta para a garantia de originalidade e qualidade na produção acadêmica.
Para debater o assunto, a empresa de tecnologia educacional Turnitin promove um evento com especialistas do setor, em Belo Horizonte.
“Ética na Universidade: Reflexões e Proposições” será realizado na terça, 3 de outubro, no Ouro Minas Palace Hotel. Detre os palestrantes está Paulo Sérgio Lacerda Beirão, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG.
O evento é aberto e gratuito e os interessados em participar devem preencher o Formulário de Inscrição: https://goo.gl/forms/DALoXgEA3Jd6sU4M2. O público-alvo são reitores, pró-reitores e pesquisadores.
Confira a programação:
- Ética e integridade na pesquisa científica, palestra com Paulo Sérgio Lacerda Beirão, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FAPEMIG; ex-coordenador da Comissão de Integridade de Pesquisa do CNPq.
- Pressões modulando a transposição dos limites de integridade e ética em ciência, com Élder Antônio Sousa e Paiva, docente do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG e editor-chefe da revista Acta Botanica Brasilica.
- Plágio nem sempre é intencional: feedback como ferramenta de aprendizado, com Laercio Dona, diretor da Turnitin Brasil.
- Políticas institucionais de boas práticas científicas, com Ana Paula Morales, co-fundadora da consultoria Data14 e pesquisadora associada do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp.
Originalidade na formação acadêmica
O Brasil produz mais de 60 mil artigos científicos por ano, de acordo com a base de periódicos científicos Scimago (2015). Além deles, existem as teses de doutorado, dissertações de mestrado e trabalhos de conclusão de curso produzidos anualmente por milhões de alunos.
Segundo Mariana Rutigliano, Gerente de Inovação Educacional da Turnitin, o problema é que muitos desses trabalhos têm algum tipo de plágio e trazem ideias que pertencem a outros autores.
“Nem sempre o plágio acontece por desonestidade do plagiador. Muitas vezes, é o atalho mais acessível para driblar problemas como o mau gerenciamento de tempo, o desconhecimento do uso apropriado de paráfrase ou citação, ou ainda conhecimento de vocabulário e gramática limitados – quando as palavras faltam, fica mais fácil buscar o argumento na voz do outro”, argumenta Mariana Rutigliano.
Para a consultora, sempre que um aluno copia, ele perde a chance de aprender: “O fim da cultura da cópia passa pela educação. Produzir conteúdo original e dar voz aos próprios argumentos são tarefas difíceis que requerem muita prática”.
Ela defende que é responsabilidade da universidade desenvolver políticas para a construção de uma cultura de integridade na formação de seus alunos. O tema será debatido no evento de terça-feira.
Serviço: “Ética na Universidade: Reflexões e Proposições”
Data: 3 de outubro de 2017
Horário: 8:30
Local: Ouro Minas Palace Hotel, Avenida Cristiano Machado, 4001 – Belo Horizonte, MG