Finalmente, chegou o sábado. Que dia sensacional, pois vai ter… pizza! De seu quarto, feliz que só, você percebe que sua mãe, por telefone, faz a encomenda ao restaurante: “Quero vegetariana. Sim, vou pagar os R$ 45 reais em dinheiro, ok?”

Nussa! Mas não é que essa conversa te deixou intrigado! “R$ 45?!?! Aquelas oito fatias de pizza custam tudo isso?”, pensa você, que, ontem mesmo, viu seus pais comprarem, no supermercado, um superpacotão de arroz, com cinco quilos, por só R$ 17,50. “Deve ter algo errado aí!”

Calma! Está tudo certinho. Já vou lhe explicar essa diferença de preços…

Antes disso, porém, preciso lembrar algo bem importante: aprender a organizar nossa graninha é uma forma de viver melhor, sabia?!

“Quando a gente não cuida bem do dinheiro, até a saúde pode ficar ruim”, lembra Erasmo Vieira, palestrante e consultor financeiro.

Ingredientes e talento

Que bela lembrança do Erasmo, né?! Bem… Mas, agora, voltemos à história aí de cima! Por que, afinal, a pizza quentinha e o pacotão de arroz cru têm preços tão distintos? A diferença está nas características de trabalho e no volume dos produtos.

Feita só para sua família, a “vegetariana” vai precisar da atenção especial e do talento dos donos e dos cozinheiros da pizzaria. Além disso, para prepará-la, eles gastam energia elétrica, azeite, legumes etc.

Já os pacotes de arroz – cujos grãos podem ser colhidos por mãos humanas ou máquinas – são embalados aos montes, e para diversas outras famílias! A produção em grande quantidade faz com que o preço de cada pacote fique mais baixo.

Ou seja: a gente paga mais pela pizza porque, nela, existe uma espécie de trabalho “artesanal” – que, aliás, a deixa hipermegagostosa!

Por isso é que não dá, por exemplo, para encomendar pizza todo dia! Além de o consumo excessivo de massas não ser bom para nosso corpo, seus pais gastariam muuuuuito mais dinheiro durante o mês. (Tem outra coisa: tudo o que é demais, demais, demais parece perder a graça, né, não?!)

Aos pouquinhos

Pense, agora, naquele videogame bem legal. Possivelmente, ele também deve ser beeeeem caro! Isso não quer dizer, contudo, que a gente não possa sonhá-lo, para, em algum momento, poder comprá-lo. Basta ter paciência, disciplina, e, claro, não ficar pensando só nisso! (A vida, afinal, é muito mais do que “ter” coisas…)

Que tal, então, juntar um pouquinho de dinheiro – dia a dia, mês a mês, ano a ano – para realizar algumas de suas vontades? Depois de um tempo, esses “pouquinhos” farão toda a diferença! Juntos, eles chegarão a ter o valor doooo, até mesmo, daquele… videogame bem legal!

Dicas de ouro!

Palestrante e consultor financeiro, o Erasmo Vieira preparou ótimas propostas para que seu dindim seja gasto de maneira tranquila. (Ah! Ele também tem um aplicativo, o Fork Dreams, que pode ajudar sua família a cuidar melhor da vida financeira.) 

  1. Cuide do seu dinheiro: guarde-o bem, e não amasse.
  2. Dinheiro foi feito para gastar, mas é a ferramenta para conquistar sonhos maiores.
  3. Quando você investe seu dinheiro, ele começa a trabalhar para ti.
  4. Pense em longo prazo.
  5. Muito cuidado com as dívidas e os juros.
  6. Comprar parcelado significa comprometer o orçamento no futuro.
  7. Tenha um sonho espetacular, que te motive a falar “não” para certas coisas, em nome de outras.