Já parou para pensar como os animais marinhos respiram? A verdade é que cada um se vira de um jeitinho diferente. Os peixes respiram pelas brânquias, já as baleias e golfinhos têm pulmões e buscam ar na superfície através orifícios respiratórios.
Existem bichos que não têm brânquias e nem pulmão. Eles respiram pela pele, como é o caso dos moluscos e da aranha marinha da Antártica. Esta, por sua vez, tem um processo respiratório muito curioso e único. Vamos contar como é!
Entra oxigênio sim!
As aranhas marinhas da Antártica são seres bem pequenos, as menores têm aproximadamente 2,5 centímetros e as maiores podem ficar do tamanho de um prato de jantar.
Elas são cobertas por um exoesqueleto – uma casquinha dura que protege o corpo. Por isso, cientistas demoraram a entender como ela conseguia respirar no fundo do mar. Afinal de contas, como o oxigênio está entrando na pele com esta casca protetora?
Pesquisadores das universidades do Havaí e de Montana (EUA) se juntaram para entender a respiração da aranha marinha da Antártica. Concluíram que elas têm poros, que são pequenos buraquinhos por onde ocorrem as trocas gasosas.
Esses orifícios ficam nas patas da aranha e são suficientemente profundos para trazer a água do mar e promover a absorção do oxigênio. Os poros estão espalhados e enfileirados nas pernas do animal, o que permite a passagem de bastante oxigênio.
Segundo os cientistas, apesar de pequenas as aranhas marinhas da Antártica precisam viver em local com abundância de oxigênio. É que elas têm o metabolismo acelerado. Se, futuramente, com as mudanças climáticas, a água ficar menos rica em oxigênio, sobreviver será um desafio para esta espécie.
Fonte das informações: Cuticular gas exchange by Antarctic sea spiders
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