Você deve ter ouvido falar sobre o desastre da barragem de minérios em Mariana, MG. Um mar de lama invadiu o distrito de Bento Rodrigues, destruindo tudo pela frente e poluindo o Rio Doce.

No último domingo, 5 de novembro, completaram-se dois anos dessa tragédia. Embora a situação seja muito triste e ainda incerta para as vítimas, tem muito pesquisador pensando em soluções para reverter o quadro.

Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), por exemplo, uma pesquisa propõe um destino diferente para os detritos da represa…

Da lama para casas

Após o desastre, a empresa responsável pela barragem disponibilizou os detritos acumulados para pesquisadores. No Departamento de Engenharia, o professor Rafael Farinassi Mendes propôs contribuir com a população afetada transformando a lama em materiais de construção civil.

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Os próprios moradores, não só de Mariana, mas também de todas as cidades que possuem represas, poderão aplicar a pesquisa na prática. Ao final do projeto, com conclusão prevista para 2018, os conhecimentos adquiridos serão repassados à população de Bento Rodrigues por meio de cartilhas, oficinas e treinamentos.

De acordo com Rafael Mendes, a iniciativa também visa auxiliar a economia local, abrindo possibilidade para que os próprios moradores possam constituir cooperativas ou pequenas empresas para produção dos materiais.

“Podemos contribuir para a transferência de tecnologia social e a criação de novos empregos, além do desenvolvimento econômico da região para proporcionar uma melhor qualidade de vida diante do novo contexto causado pelo desastre”, reforça o pesquisador.

Equipe de pesquisadores da UFLA que trabalha para transformar lama em material de construção

Equipe de pesquisadores da UFLA que trabalha para transformar lama em material de construção

Esta não é a única pesquisa que busca soluções para a reconstrução das casas das vítimas. A gente tem uma reportagem inteirinha sobre esse assunto na nova edição da Minas Faz Ciência Infantil, que em breve estará disponível para download aqui no site! 😉

Com informações da Diretoria de Comunicação da UFLA.