Se prepare para conhecer um dos lugares mais secos do planeta, um grande deserto gelado na Antártica. Vamos contar para você alguns segredos escondidos nos surpreendentes Vales Secos de McMurdo!

Foto: Pierre Roudier/Flickr

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Essa é uma região montanhosa, tomada por ventos secos e que desafia todas as expectativas. Por ser um ambiente extremo, cientistas de todo o mundo passaram décadas estudando as raras formas de vida encontradas, geralmente seres microscópicos.

Nessa fileira de vales passam o Lago Vida e o Rio Onyx, o mais longo da Antártica. É uma das poucas regiões da Antártica não cobertas por gelo, por isso os Vales Secos se destacam em imagens de satélite feitas pela Nasa. São 4.800 quilômetros quadrados, que corresponde a 0,03% do continente.

Segundo os especialistas, a área dos Vales Secos de McMurdo pode ser o local do planeta Terra com condições mais equivalentes à paisagem de Marte.

Estudar ambientes estranhos como este ajuda os cientistas a considerar perspectivas de vida em outros planetas, locais de condições muito extremas como dos Vales Secos de McMurdo. As pesquisas ajudam a dizer também como os seres vivos conseguiram persistir na Terra durante a era glacial ocorrida há milhões de anos.

Foto: Pierre Roudier/Flickr

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Por que é tão seco?

Durante algumas semanas, as temperaturas do verão são suficientemente quentes para derreter qualquer gelo que ameace acumular. Os ventos secos retiram toda a umidade do ar e descartam a possibilidade de neve. Praticamente não chove nos Vales Secos de McMurdo.

A ventania pode atingir velocidades de 320 quilômetros por hora, ajudando a evaporar toda a água da região.  O ambiente fica muito frio, mas sem flocos de gelo.

O solo da região é coberto por cascalho, bem diferente do chão molhado e lamacento de outras áreas da Antártica. Uma parte dos Vales Secos de McMurdo foi designada como área de proteção ambiental em 2004.

Foto: Pierre Roudier/Flickr

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Vida microscópica

Cientistas encontraram bactérias fotossintéticas vivendo no interior relativamente úmido das rochas. Outros micro-organismos foram encontrados ao redor de pequenas lagoas, mas essas vidas duram pouco tempo porque a água é escassa nos Vales Secos de McMurdo.

Pesquisadores que cavaram no chão seco acharam galhos e musgos conservados logo abaixo da superfície.

Também são encontrados nesse ambiente extremo os fitoplânctons, conjunto dos organismos aquáticos microscópicos.

Cientistas brasileiros na Antártica

O Brasil tem pesquisadores que fazem expedições para investigar a Antártica. O Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) garante a presença da comunidade científica no continente desde 1982.

As atividades científicas, desenvolvidas por diversas universidades e institutos, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), são de várias áreas de conhecimento como: meteorologia, geologia, oceanografia, biologia, astrofísica, geofísica nuclear, entre outras.

Fontes das informações: In The Cold Of The Night, Dry Valleys, Antarctica, Ancient, frozen ecosystem produces blood-red ice flows, In Antarctica, Scientists Are Lured to a Frozen Desert.