Os museus são lugares para passear e aprender. Estudantes podem usar esses locais para investigar curiosidades ou pesquisar temas direcionados pelas escolas. Saber aproveitar a riqueza desses espaços é uma tarefa de professores, alunos, instituições de ensino e dos responsáveis pelos museus. Minas Gerais tem mais de 300 museus, por isso há uma imensidão de possibilidades educacionais.

Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), o tipo de acervo mais encontrado no estado é de História, com 65%. Na sequência, aparecem Artes Visuais (55,8%), Imagem e Som (47,8%), Ciência e Tecnologia (36,3%), Ciências Naturais e História Natural (33,3%), Arqueologia (27,2%), Antropologia e Etnografia (24,8%), Biblioteconômico (18,6%), Documental (6,3%), Virtual (4,2%), Arquivístico (1,3%) e outros (9,1%).

A professora dr. Sílvia Martins dos Santos, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), coordena o projeto Museu para Escola. A proposta pretende mostrar a importância dos museus como uma ferramenta comunicativa e educativa disponível às escolas e aos alunos, além de colaborar com o processo de planejamento de uso de espaços não formais de educação.

Dica

O Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), do Instituto de Física da UFU, oferece cursos gratuitos de formação continuada para professores da educação básica e estudantes de cursos de licenciatura.

Por meio de atividades práticas e teóricas, serão discutidos conceitos e características da educação formal e não formal, debatendo o papel do professor como mediador no processo ensino-aprendizagem nos diferentes espaços educativos.

“O Dica atende essencialmente ao público escolar. Percebemos uma carência dos professores em entender o museu na relação docente deles. Qual é o papel da escola? Qual é o papel do museu? De que maneira os alunos podem aproveitar o museu?”, são alguns dos questionamentos que surgem, segundo a professora.

Nesses cursos já foram discutidos temas com “Luz e Vida” (sobre física e biologia), “Física moderna e Contemporânea para o Ensino Médio”, “Eletromagnetismo e ensino investigativo”, “Astronomia e Física Moderna”, “Feiras de Ciências” (como trabalhar com esses projetos), entre outros.

“Museus têm muitas possibilidades. Na visitação, estudantes podem conhecer objetos e experimentos, fenômenos físicos, químicos ou biológicos e levar isso para discutir em sala de aula. Os professores podem também propor ações para o aluno conhecer o museu e os equipamentos lá existentes. O educador pode planejar atividades dentro de sala em que o aluno vá fazer a visita ao museu de maneira mais ativa. A forma como o museu participa depende muito do desejo do professor e do que ele espera para a turma. É um relacionamento, o museu não faz sozinho”, explica a professora da UFU.

Próxima edição

O Curso de Formação Continuada de Professores acontece semestralmente, desde agosto de 2011. A iniciativa surgiu com um projeto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tendo continuidade com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

A próxima edição do curso está com inscrições abertas, entre os dias 24 de abril e 10 de maio. Serão ofertadas 30 vagas. Os interessados deverão preencher ficha de matrícula disponível no site do Dica e na página do Facebook. De acordo com a professora Sílvia Martins, geralmente, participam professores da Região do Triângulo Mineiro, mas o convite é para educadores de qualquer cidade.

Serão cinco módulos em três sábados, para debater a relação museu e escola. “O museu tem um objetivo diferente da escola, mas pode ser um colaborador. No curso, vamos estudar documentos e textos, além de criar ações práticas para ajudar os professores no exercício da docência”, afirma Martins.

guia-museuGuia de museus

Neste link você encontra o guia de museus do Brasil atualizado até 2011 e dividido por estados. É um documento elaborado pelo Ibram e traz dados como ano de criação, situação atual, endereço, horário de funcionamento, tipologia de acervo, acessibilidade, infraestrutura de mais de 3 mil espaços, incluindo museus virtuais, já mapeados em território nacional.

A lista de Minas Gerais é extensa, começa na página 176 e vai até a 229. É uma seleção com dezenas de cidades e todos os museus que possuem. Divirta-se! 

Mapa de museus

Existe também o site Museusbr que reúne dados coletados pela Rede Nacional de Identificação de Museus (ReNIM), lançada em dezembro de 2015, juntamente com o novo Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC).

Pelo portal, você chega ao mapa cultural do país, no qual estão cadastrados espaços culturais e de aprendizado em todo o Brasil, incluindo museus e bibliotecas. Fizemos um filtro em Minas Gerais, veja: