“A ciência é uma carreira palpável e precisa das meninas, também. Temos outras formas de solucionar problemas e de decidir quais são as prioridades. Imagine quantas meninas poderiam ter resolvido problemas que os meninos não solucionaram, até mesmo porque eles pensaram que não eram importantes.
Esta é a relevância da mulher na ciência”. Duilia de Mello, personagem do e-book Mulher Faz Ciência
O projeto Minas Faz Ciência, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), lança nesta quarta-feira o terceiro volume do e-book Mulher faz Ciência, com perfis de dez pesquisadoras brasileiras. A iniciativa marca o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro desde 2015, quando a data foi instituída pela Organização das Nações Unidas.
O objetivo da publicação, disponível para download gratuito, é inspirar jovens mulheres, despertar o interesse delas para a carreira científica e valorizar o trabalho de cientistas do sexo feminino. A proposta é apresentar profissionais atuantes em diferentes áreas, que também representem as mulheres em sua diversidade.
Neste volume, produzido ao longo do segundo semestre de 2020, estão nomes de pesquisadoras com importante atuação no combate à pandemia da covid-19 no Brasil: a biomédica Jaqueline Goes de Jesus, uma das responsáveis pelo sequenciamento do genoma do novo coronavírus em tempo recorde; a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, primeira mulher a ocupar o cargo na instituição em quase 120 anos; e as professoras do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB-UFMG) Santuza Teixeira e Vivian Vasconcelos Costa.
Além delas, são retratadas a diretora executiva do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev), Adriana Ferreira de Faria; a professora do curso de Letras do Cefet-MG Ana Elisa Ribeiro, escritora indicada ao Prêmio Jabuti em 2020; a astrônoma Duilia de Mello, vice-reitora da Universidade Católica da América, em Washington (EUA); a paleontóloga Luciana Carvalho, uma das coordenadoras do resgate do acervo atingido pelo incêndio do Museu Nacional, no Rio de Janeiro; a professora da Faculdade de Letras da UFMG Michelle Murta, primeira surda efetivada como docente na Universidade; e a física Zélia Maria da Costa Ludwig, uma das coordenadoras do Centro de Pesquisa de Materiais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), também engajada em iniciativas para a redução das desigualdades nas ciências.
FICHA TÉCNICA
Mulher faz ciência – volume 3
48 páginas
Disponível no site: https://minasfazciencia.com.br/mulher-faz-ciencia-3/
Produção e redação: Alessandra Ribeiro
Projeto gráfico: Camila Aringhieri