logotipo-colorido-1

AO VIVO

Divulgação Científica para crianças

plataforma de 1 real

Pesquisa mostra hábitos da população durante a pandemia

Estudo mostra que o distanciamento social deixou a população mais sedentária e menos saudável na pandemia

Entre fumantes, o consumo de cigarro aumentou durante a quarentena (Pixabay)

Uma pesquisa divulgada nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinhas (Unicamp) mostrou como a pandemia do novo Coronavírus afetou a vida dos brasileiros.

O estudo, que integra o projeto ConVid – Pesquisa de comportamento, ouviu 44.062 brasileiros entre 24 de abril e 8 de maio. Além de investigar o cumprimento das medidas de distanciamento social, a pesquisa buscou, também, averiguar elementos como alimentação, estado de ânimo, sedentarismo e consumo de álcool e tabaco da população após o início da pandemia.

O trabalho foi coordenado pela professora Deborah Carvalho Malta, da Escola de Enfermagem da UFMG, Celia Landmann, da Fiocruz, e Marilisa Barros, da Unicamp. O estudo teve como base os dados Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD, 2019), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Isolamento social

Segundo a pesquisa, desde o início da pandemia, 60% da população brasileira só saiu de casa para a realização de atividades essenciais, como compras em supermercados e em farmácias. Apenas 15% da população ficou rigorosamente em casa. Entre os idosos, o percentual chegou a 31%.

Saúde mental

O estudo apontou que 29% da população acredita ter tido impactos negativos na própria saúde. Entre pessoas diagnosticadas com depressão, 47% afirmaram que o quadro agravou nos últimos meses. Além disso, 40% dos entrevistados informaram que se sentem mais tristes, e 54%, mais ansiosos ou nervosos.

Os problemas com a insônia também apareceram na pesquisa. Entre os entrevistados, 29% passaram a ter problemas para dormir e 16%, que já tinham algum problema, relataram piora durante a pandemia.

Bebidas e cigarro

O consumo de cigarro entre os fumantes aumentou consideravelmente. Entre aqueles que já tinham o hábito de fumar, 23% alegaram que o número de cigarros consumidos ao longo do dia aumentou em 10 unidades. Já 5% passaram a fumar mais de 20 cigarros ao dia.

O mesmo aconteceu com a ingestão de bebidas alcoólicas. O estudo revelou que 18%  dos participantes relataram um aumento do uso de bebidas. O maior aumento foi relatado entre pessoas de 30 a 39 anos de idade (26%), e o menor, entre idosos (11%).

Atividade física e sedentarismo

Com o fechamento das academias e a necessidade de permanecer em casa, a prática de exercícios físicos diminuiu bastante durante a pandemia. Sessenta e dois por cento dos entrevistados afirmaram que não estão se exercitando. Entre os que já tinham o hábito frequente de praticar atividades físicas, 33% deixaram o hábito de lado.

Em contrapartida, tempo médio gasto diante de telas aumentou. Em relação a TV, houve um crescimento do tempo médio diário diante do aparelho de uma hora e 20 minutos em relação ao período anterior à pandemia. O tempo médio do uso de tablet e computador aumentou 1,5 hora.

Alimentação

O consumo de alimentos não saudáveis como embutidos, congelados e doces aumentou durante o isolamento. Enquanto a quantidade de alimentos saudáveis consumidos diminuiu. Apenas 13% dos entrevistas entre 18 a 29 anos alegou consumir frutas, legumes e verduras durante 5 dias ou mais da semana.

(Com informações da assessoria de imprensa da UFMG)

Conteúdo Relacionado