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Foto: forensicassurance

Pesquisadores da UFMG desenvolveram novas tecnologias que tornam mais eficiente o processo de identificação de impressões digitais em investigações policiais. Há dois anos, o setor de papiloscopia da Polícia Federal procurou o departamento de Física da universidade. Foram repassadas duas demandas centrais: um equipamento óptico e um pó revelador que substituíssem os que eram utilizados pelos peritos.

“Eles buscavam o desenvolvimento de tecnologias alternativas para a revelação de impressões digitais”, conta Lívia Siman Gomes, pesquisadora e professora do Departamento de Física da UFMG. Ela coordenou o desenvolvimento do novo equipamento óptico. No Ondas da Ciência, ela apresenta essas novas tecnologias, confira!

Papiloscopia e tecnologias disponíveis

Papiloscopia é a ciência que trata da identificação humana por meio das papilas dérmicas presentes na palma das mãos e na sola dos pés – também conhecidas como impressões digitais. Hoje, existem basicamente dois métodos para revelar as impressões digitais: ópticos, com uso de equipamento, e químicos, com pós reveladores.

Segundo Gomes, uma única empresa domina o mercado, com um modelo comercial óptico para papiloscopia. Um sistema novo custa cerca de 500 mil reais. E a polícia brasileira possui apenas quatro equipamentos em todo o país. Assim, o desenvolvimento da nova tecnologia foi pensada para baratear a aquisição de equipamentos. “O ideal era que pelo menos cada polícia tivesse um equipamento, não só as policias federais”, reflete a pesquisadora.

Diferentemente do modelo convencional, o protótipo desenvolvido na UFMG não traz riscos à saúde de quem os manipula. Por meio da utilização de um LED azul, ele é capaz de identificar digitais em superfícies lisas.

Outra demanda foi que o equipamento desenvolvido fosse portátil. “O equipamento atual, de ponta no mercado, não tem essa possibilidade. É uma característica que imprime uma agilidade muito maior ao trabalho dos peritos”, explica Gomes. O protótipo laboratorial já está sendo usado pela Polícia Federal no estado. O próximo passo é fazer um protótipo comercial, que possa ser usado em todo o país.

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