No último 8 de março, data em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, foram abertas as inscrições para a 14ª edição do prêmio Para Mulheres na Ciência.
O Programa já premiou cerca de 90 jovens cientistas no Brasil e recebe trabalhos até 30 de abril. As vencedoras serão conhecidas a partir de agosto.
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Podem participar pesquisadoras que tenham concluído o doutorado a partir de 2012, com residência estável no Brasil, que desenvolvam projetos de pesquisa em instituições nacionais, entre outros requisitos.
O regulamento completo está disponível no site www.paramulheresnaciencia.com.br.
Minerias premiadas
Realizado desde 2006 pela L’Oréal, em parceria com a UNESCO no Brasil e a Academia Brasileira de Ciências, o prêmio promove e reconhece a participação da mulher na ciência, contribuindo para o equilíbrio de gêneros.
Todo ano, sete jovens pesquisadoras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática são contempladas com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil para dar prosseguimento a seus estudos.
Em 2017, três pesquisadoras de Minas Gerais foram agraciadas com o prêmio. Em 2018, foram duas pesquisadoras mineiras premiadas.
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Desigualdade de gênero
Mas ainda é longo o caminho até a igualdade…
De acordo com levantamento realizado no campo da Biomedicina e divulgado pela revista Nature, pesquisadoras biomédicas ganham, atualmente, cinco vezes mais prêmios do que décadas atrás.
Mas, em comparação com seus pares homens, as cientistas desta área recebem menos dinheiro, menos atenção do público e são menos propensas a terem avanço na carreira.
“Embora os dados não nos permitam identificar as causas das diferenças de gênero em premiações, eles reforçam os resultados de estudos de caso e pesquisas sobre o sub-reconhecimento da contribuição das mulheres à ciência e tecnologia”, diz o estudo.
Iniciativas como o prêmio Para Mulheres nas Ciências são importantes promotoras da igualdade de gênero na ciência, pelo reconhecimento dos esforços de cientistas mulheres para o progresso da ciência.
No entanto, o artigo da Nature ressalta que é importante ir além das premiações e promover mudanças estruturais nas carreiras científicas.
“A premiação coloca a cientista no radar de seus pares, da mídia, das agências de financiamento, dos comitês de contratação e do público. Assim, o rastreamento de prêmios pode ajudar a aumentar a conscientização e corrigir os desequilíbrios de gênero neste tipo de reconhecimento, fornecendo um caminho para verificar o progresso da questão. Isso sim seria uma vitória para a comunidade científica”.