Uma pesquisa da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em parceria com o Datafolha mostrou que pelo menos 5,6 milhões de brasileiras não costumam ir ao ginecologista-obstetra. O estudo divulgado no mês passado também revelou que 4 milhões nunca procuraram atendimento com esse profissional e outras 16,2 milhões não passam por consulta há mais de um ano.
Em contrapartida, o estudo intitulado de “Expectativa da Mulher Brasileira Sobre Sua Vida Sexual e Reprodutiva: As Relações dos Ginecologistas e Obstetras Com Suas Pacientes” mostrou também que quando foram questionadas sobre qual especialidade médica é a mais importante para saúde da mulher, 68% das entrevistadas citaram a ginecologia.
Entre as mulheres que têm o costume de ir ao ginecologista, as razões mais alegadas são ‘não preciso ir, pois estou saudável (31%)’ e ‘não considero importante ou necessário ir ao ginecologista (22%)’. A pesquisa mostrou que há também aquelas que dizem não ter acesso ao médico ginecologista ou não haver esse especialista na localidade onde residem (12%), ter vergonha (11%), ou não ter tempo (8%).
Dados positivos
Apesar de ainda existir mulheres que nunca procuraram um ginecologista, a pesquisa revelou aspectos positivos em relação ao atendimento de ginecologistas e obstetras. Por exemplo, entre aquelas que já procuraram ajuda médica ginecológica, 58% são comumente atendidas pelos Sistema Único de Saúde (SUS), enquanto 20% passam pelo médico particular e outras 20% têm plano de saúde.
Outro dado positivo é que praticamente todas as mulheres entrevistadas (98%) consideram importante que o acolhimento, a realização de exames clínicos, o aconselhamento e a confiança na visita aos ginecologistas. E nove em cada dez dizem estar satisfeitas com esses atributos em seus médicos.
Sobre gestação e parto, 89% declararam que se sentiriam seguras com a assistência de um ginecologista/obstetra durante o parto, percentual que cai para 54% se o atendimento fosse feito por um plantonista, 49% se fosse uma doula, 43% se fosse uma enfermeira e 42% caso o parto fosse acompanhado por uma parteira.
(Informações da Agência Brasil)