No início deste mês, aconteceu em Las Vegas a maior feira de tecnologia do mundo, a CES 2018. O evento que, em 2018, reuniu cerca de 4 mil expositores, e mais ou menos 190 mil pessoas, já foi palco de lançamento de produtos que fizeram história, como do videocassete, em 1970, do videogame Xbox, em 2001 e do disco de Blu-ray, em 2004. Neste ano, o destaque ficou por conta da inteligência artificial.
Um dos produtos apresentados na feira foi o robô Sophia que, desta vez, ganhou pernas com movimentos humanos. Sophia já havia sido lançada pela Hanson Robotics em 2016. Com rosto feito com material que imita a pele humana, a robô foi inspirada na atriz Audrey Hepburn. Agora, os seus criadores defendem que Sophia possui capacidade de aprender. Ela já consegue identificar a pessoa com quem está conversando e manter a fala com naturalidade. Além de dar diversas entrevistas, a robô já discursou na Organização das Nações Unidas (ONU).
No final do ano passado, a robô Sophia foi notícia por ser a primeira criação com inteligência artificial a receber a cidadania de um país (a Arábia Saudita). Na ocasião, a robô concedeu uma entrevista dizendo que estava na hora de ampliar a família, revelando assim o desejo de ter “filhos”. Graças a sua inteligência artificial, a robô é capaz de ouvir o que é dito e decidir sozinha o que quer dizer. Uma variedade de repostas foram escolhidas e implantadas por seus programadores, mas é a robô que seleciona qual é a fala adequada para cada situação.
Agora que Sophia ganhou pernas, ela é capaz de andar na velocidade de 1 km/h, o que é muito mais lento que um ser humano normal que caminha a 6km/h. Entretanto, para David Hanson, CEO da empresa que desenvolveu a robô, as pernas implantadas em Sophia a deixou muito mais perto da forma humana. O objetivo dos criadores é que, quando Sophia puder ser comparada a um humano, ela possa ter aplicações em terapias medicinais ou trabalhar em fábricas.
Mais tecnologia
Outro produto que chamou atenção na feira foi um cinto de segurança com airbag voltado para idosos. Criado por franceses, o produto tem a intenção de minimizar os impactos da queda. Durante a feira, Alexandre Quarrey, gerente de pesquisa da empresa responsável pela criação do produto, explicou que há no cinto bolsas de ar que se inflam quando notam que o idoso que está utilizando o aparelho está prestes a cair. Isso porque o objeto é equipado com sensores que detectam mudanças de posição e movimentos bruscos.
A “internet das coisas” também apareceu em peso nas tecnologias apresentadas no evento. A ideia de que tudo pode ser conectado à computadores, apareceu principalmente como grande aliada dos esportes. Uma nova geração de roupas esportivas feitas com tecidos inteligentes foram apresentadas como uma grande novidade para a prática de atividades físicas.