Antes de o mundo se tornar o que hoje o conhecemos, ele era povoado por enormes feras. Estegossauros, tricerátopos ou T-Rexs comandavam o Planeta, bem antes de o ser humano pisar por aqui. Porém, nem todos que caminhavam na Terra eram gigantes, e, apesar de conhecida como “a idade dos dinossauros”, a era mesozoica também se apresentava como lar de animais muito pequeninos. Que o diga a descoberta realiza, por pesquisadores, em João Pinheiro, cidade na região Noroeste de Minas Gerais.
Com quatro patinhas posicionadas aos lados do corpo e uma cauda longa, o novo réptil identificado pelos cientistas bem poderia ser confundido com os pequenos lagartos que, atualmente, vemos em nossos jardins – à exceção de algo: ele viveu há mais de 135 milhões de anos!
Do tamanho de uma caneta, o pequenino se comparava a uma lagartixa pequena. “Mas era parecido com os lagartos de parede”, destaca Jonathas Bittencourt, professor da Universidade Federal de Minas Gerais e coordenador da pesquisa, que conta com apoio FAPEMIG.
A nova espécie é diferente de todos os lagartos já vistos, vivos ou em fósseis, e foi batizada de Neokotus sanfranciscanus, em homenagem ao rio São Francisco. O professor explica que o termo Neokotus vem do grego e significa “coisa nova” ou “diferente”. “O lagarto seria, então, o novo morador do São Francisco”, conta Bittencourt.
O lagarto é tão pequeno que sua descoberta aconteceu por acaso. Segundo o coordenador, o grupo estava procurando rochas, que poderiam ter fósseis, e encontraram várias escamas de tubarões, que também viveram junto aos dinossauros.
Isso já foi beeeeeeem bacana, já que os tubarões têm um esqueleto que, normalmente, não se torna fóssil. Bittencourt conta que também foram descobertos vários animais com conchas pequenas, que viviam no local onde havia um lago. “Enquanto analisávamos todo esse material, apareceu o lagarto, quase sem querer”, lembra.
O Neokotus sanfranciscanus é o fóssil de lagarto mais antigo da América do Sul, o que mostra que a atual biodiversidade surgiu há mais tempo do se imaginava. Outra coisa interessante é que o pequenino pertencia a uma família de lagartos praticamente extinta. Além disso, não se sabia que eles haviam existido por essas bandas.
Segundo Bittencourt, com a descoberta, será possível estudar como os grupos de lagartos surgiram no Brasil. “Podemos reconstruir a história da evolução desses animais, ao olhar para registros que eles deixaram há muito e muito tempo”, conta.
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