Arte e ciência. No Brasil, poucas expressões artísticas falam de ciências. Uma delas é a literatura de cordel. Já ouviu falar?
Trata-se de uma das mais importantes manifestações culturais do nosso país. Além de criativo, o cordel é muito barato e fácil de ser impresso e distribuído.
Os cordéis como conhecemos hoje surgiram em Portugal, com os trovadores medievais, aqueles poetas que cantavam poemas nos séculos 12 e 13. Como boa parte da população era analfabeta, esta era uma boa forma de espalhar histórias.
No período histórico conhecido como Renascença, quando foram inventados os processos de impressão em papeis, os cordéis falados passaram também a circular em forma de texto.
No Brasil, a literatura de cordel tornou-se popular no século 18 e contava histórias baseadas no folclore regional, de maneira simples e divertida. O nome cordel vem da forma com que esses folhetos eram expostos: em cordas ou barbantes.
O cordel é famoso em todo o país, principalmente no Nordeste. Muitos repentistas (ou violeiros) brasileiros ainda lembram os trovadores medievais ao contarem históricas musicadas e rimadas pelas ruas.
Os poemas geralmente são ilustrados com xilogravuras (veja a ilustração), que aparecem principalmente nas capas. Em 1988, foi fundada, no Rio de Janeiro, a Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
30 anos depois, em 2018, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o IPHAN, reconheceu a literatura de cordel como patrimônio cultural imaterial do Brasil, ou seja, uma produção cultural muito importante e que precisa ser preservada.
Tem cordel que fala de medicina, de astronomia, de matemática… É uma boa forma de aprender!
Estes versos populares conseguem traduzir temas difíceis, com muito talento e inspiração. Quer ver um exemplo?
A Organização das Nações Unidas no Brasil lançou um vídeo/cordel para alertar sobre a Covid-19.
Nesta semana, a Fundação Municipal de Cultura trouxe, em vídeo, dentro da Mostra Infantil de Cultura, uma cordelista para contar a história de Lampião.
Neste Cordel, que ganha leitura online, a pernambucana Mari Bigio reinventa a história do mais famoso dos cangaceiros, com a participação de Thiago Martins na rabeca (instrumento musical parecido com o violino).
Esta artista tem mais de 13 anos de carreira e é também contadora de histórias, cantora, compositora e radialista. A leitura, gravada em vídeo, tem duração de três minutos e 25 segundos. Veja que legal!
Gostou? Pois dia 13 tem mais!
Às 11h, é a vez de O Baú de Surpresas ou A Bagunça dos Brinquedos, que mistura cordel e brinquedos populares, com trilha sonora assinada pela artista. Acesse o canal da Fundação e divirta-se!
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