Já imaginou um lugar com várias bactérias e fungos prontinhos para serem estudados? Alguns pesquisadores pensaram.
Um grupo de cientistas de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, criaram uma espécie de “arca de Noé” dos microrganismos. Só que no lugar de mantê-los vivos a arca guarda os seus genomas.
O repositório tem 52.515 genomas de microrganismos que são encontrados nos mais diferentes cantos do planeta, como lagos, oceanos e solos. Há, até mesmo, amostras de terra e plantas mineiras, da região da Serra da Canastra e da Serra do Cipó.
Na coleção há, ainda, espécies novas! São cerca de 12 mil genomas inéditas, inclusive de novas arqueobactérias, organismos mais simples ainda que os fungos e as bactérias.
Conhecido como catálogo Genoma dos Microbiomas da Terra (GEM), o trabalho é uma colaboração envolvendo mais de 200 cientistas de todas as partes do planeta.
O projeto foi liderado pelo Joint Genome Institute (JGI) do Departamento de Energia (DOE) dos Estados Unidos. O grupo fez uma grande pesquisa em um dos maiores banco de dados de sequenciamento genético em busca de genomas completos de organismos.
Pesquisadores do Centro de Pesquisa de Genômica Aplicada a Mudanças Climáticas (GCCRC) da Unicamp, também fazem parte desse grupo. Os cientistas brasileiros buscam entender como os microrganismos podem ajudar na nutrição das plantas em uma região considerada pobre em nutrientes no solo.
Nos Campos Rupestres, como as regiões mineiras, já sabe-se que há uma enorme quantidade de novos fungos e bactérias nos solos. Os pesquisadores querem agora entender o papel importante que eles desempenham na nutrição e crescimento das plantas.
O que é mesmo um genoma? Você provavelmente já ouviu falar do DNA. Já deve ter até visto uma fotinho dele.
O genoma é o conjunto, a sequência completa, desses pedacinhos de um ser vivo. É o quebra-cabeça montado, enquanto os genes, pedaços do DNA, são as pecinhas desse jogo que serve para montar todos os seres vivos do nosso planeta.
Dessa forma, como é importante conhecer o genoma é também importante conhecer os genes que formam uma espécie. Já que é neles que ficam as informações valiosas sobre aquele ser vivo.
Por exemplo, ao identificar e caracterizar a diversidade das bactérias e fungos do nosso planeta conseguimos entender melhor para quê eles servem e como funcionam.
Com isso podemos organizar os ciclos de nutrientes, incluindo os gases do efeito estufa. Além disso, podemos desenvolver novas aplicações biotecnológicas com esse conhecimento.
Com informações da Agência Bori
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