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Afinal, o que são fake news?

Você deve conhecer a história do Pinóquio, o boneco de madeira que sonha em se transformar em menino de verdade. A cada vez que mente, o nariz dele cresce. Também tem o Lobo Mau, que finge ser a vovó da Chapeuzinho Vermelho, mas acaba desmascarado. Esperto, mesmo, é o Gato de Botas, que, para escapar de ser comido, convence até o rei de que seu dono é um homem rico, o tal Marquês de Carabá.

Dos livros à realidade, talvez você já tenha ouvido falar das fake news. O termo, em inglês, significa “notícias falsas”. Na internet, elas se espalham com velocidade inacreditável, especialmente nas redes sociais digitais.

Mas as fake news não são apenas mentiras! Elas podem ser criadas com a intenção de confundir as pessoas ou de fazê-las acreditar em algo – assim como fez o famoso gato, nos contos de fadas, para se safar.

“Na maior parte das vezes, uma notícia é apresentada como se fosse correta, para parecer que foi criada por uma fonte confiável, como a ciência ou o jornalismo”, observa Geane Alzamora, professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG.

E o que uma pessoa, ou um grupo de pessoas, que produz notícias falsas pretende?

“Querem que você acredite em algo que não é exatamente verdadeiro, mas que julgam importante”, afirma Geane.

Em geral, há uma intenção por trás disso: ganhar audiência ou fazer com que outras pessoas pensem como elas, para ganhar votos em uma eleição, por exemplo.

“Então, antes de acreditar em tudo que chega pela internet – em um grupo de WhatsApp de amigos ou de familiares, ou numa rede social mais ampla, como Facebook e Instagram –, é muito importante verificar essa informação”, orienta a professora.

Não se deixe enganar

Confira outras dicas da professora Geane Alzamora, para que você não canha em lorotas perigosas

  • “Se você está em dúvida se determinada informação é falsa ou verdadeira, não repasse a outras pessoas. Primeiro, pergunte a um adulto em quem você confia se um canal do Youtube é confiável, ou se o link em que clicou é adequado para sua idade, por exemplo.”
  • “Caso não tenha um adulto por perto, acesse o Google. Você pode digitar, e até mesmo usar o comando de voz, para procurar o título da notícia ou uma palavra-chave, e descobrir o que já foi dito sobre determinado assunto. A maior parte das informações grosseiramente falsas é desmentida em vários links que aparecem na busca pela internet.”
  • “Não é correto produzir uma informação falsa com o objetivo de prejudicar os outros. Assim como não devemos falar mal de alguém que não está presente para se defender, não devemos compartilhar mensagens ou vídeos que possam deixar um colega envergonhado. Isso também é considerado bullying.

Leia também a história em quadrinhos sobre o impacto das fake news nas ciências

Alessandra Ribeiro

Jornalista, mestra em Comunicação Social pela UFMG e mãe do Kenzo. :-)

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Alessandra Ribeiro

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