Hoje é dia sete de setembro, data em que se celebra a independência do Brasil. Isso você já sabia. Mas é do seu conhecimento, também, que o Sete de Setembro só se tornou o dia da festa nacional brasileira um ano depois da Proclamação da Independência?
Esta data foi definida pelo imperador Pedro I, atendendo a uma sugestão da Assembleia Constituinte.
No começo, foi meio confuso, porque outras datas eram utilizadas com o mesmo objetivo: por exemplo, o 12 de outubro, data de aniversário de Pedro I, dia em que ele foi aclamado imperador.
O dia 25 de março também chegou a ser data comemorativa, por causa do aniversário da Constituição de 1824.
Neste processo de definição, alguns fatos contribuíram para a escolha do dia 7.09. A Inglaterra por exemplo, reconheceu a independência brasileira nesta data durante o período do Primeiro Reinado (1822-1831).
Em 1830, havia ainda, no Brasil, muita tensão entre monarquistas e críticos da família real. Naquele ano, houve três comemorações, por diferentes grupos políticos: os liberais comemoraram no dia 25 de março e 7 de setembro, enquanto os partidários do imperador celebraram dia 12 de outubro.
A solução veio em 1831, ano da abdicação de Dom Pedro I. Ali, ficou definida, oficialmente, pelo Sete de Setembro.
Erros no quadro que representa a Independência
Todo mundo já viu este quadro ou uma representação dele nos livros de história. A pintura original está exposta no Museu do Ipiranga, em São Paulo.
Independência ou Morte foi pintado em 1888, por Pedro Américo. Mas, você sabia que se trata de uma visão do pintor sobre a independência e que possui muitos erros históricos nesta representação?
A jornalista e escritora Juliana de Faria apontou os sete erros em seu livro Independência Ou Morte!, lançado em 2006.
1. Roupas. Nada dessas pomposas vestes de veludo. De acordo com pesquisas históricas, os viajantes da época usavam simples roupas de algodão.
2. A espada. Isso também é um exagero. Não há registro algum que Dom Pedro I tenha empunhado uma espada para proclamar a Independência.
3. Casa do Grito. Essa casa, que ficou conhecida como Casa do Grito e existe até hoje ali no Parque da Independência, não existia em 1822.
4. Participação popular. O quadro mostra alguns homens simples em carros de boi. Na verdade, o povo não participou do ato.
5. Cavalos. Para transporte, o que se usava eram mulas e não os belos cavalos da pintura.
6. Mulheres e crianças aparecem no quadro. Improvável que tenham participado da cena real. Afinal, a região do Ipiranga era completamente despovoada naquela época.
7. Questão de enquadramento. O riacho do Ipiranga fica distante da Casa do Grito. Seria impossível o enquadramento retratado.
Programação científica em Belo Horizonte
Uma oficina, denominada Astronomia da Bandeira, é uma das atrações do feriado da Independência, no Espaço do Conhecimento UFMG.
A atividade começa às 14h e aborda curiosidades da bandeira nacional, adotada na passagem para a República, em 1889, e que traz estrelas representando as 27 unidades federativas do país.
Dentro da programação, às 15h, está prevista visita à exposição Colecionar o mundo: objetos + ciência + cultura na atividade Colecionando lugares: minha paisagem.
Na oficina, os visitantes vão conhecer o acervo artístico da UFMG, analisando a forma que artistas como Yara Tupynambá retrataram alguns cenários.
Em seguida, as crianças serão convidadas a recriar as paisagens com lápis, canetinha e giz de cera.
O Planetário exibirá mais sessões na sexta-feira, com projeções sobre o Sistema Solar, a Terra e o Universo. Esta é a única atividade paga do Espaço.
Os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia).
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