Na quarta-feira, 16, durante a última noite do Pint Of Science 2018, o tema da palestra no MM Gerdau, que fica em Belo Horizonte, foi: “O futuro da moeda: fim do dinheiro em espécie? Dispositivos eletrônicos? Dinheiro virtual? Criptomoedas?“
Apresentado por João Carlos Oliveira Caetano, professor de Administração, Engenharia de Computação e Ciência da Computação na PUC MG, e por Pedro Almeida, gestor de investimentos em criptomoedas e startups, diretor do Founder Institute em BH, co‐fundador e gestor da Pillow Aceleradora e do Raja Ventures, a discussão da noite foi se o dinheiro que conhecemos, em papel e metal, está com os dias contados.
Hoje, a maioria das transferências mundiais são feitas com o “dinheiro de plástico”, os cartões de crédito e débito, e depois de muitos estudos alguns cientistas acreditam que isso vai acabar e, os pagamentos em um futuro próximo, serão realizados pelos computadores ou celulares. Para isso acontecer, o dinheiro teria de ser substituído pelas criptomoedas, principalmente o Bitcoin, uma moeda virtual muito falada, mas que poucas pessoas entendem.
Bitcoins
O Bitcoin é uma moeda criptografada que começou a surgir em 2008, ou seja, além de recente, ela tem um mecanismo de segurança e privacidade que protege o acesso aos códigos desse dinheiro virtual. Essa criptomoeda (moeda criptografada) também faz parte de um sistema de pagamento online onde não é necessário um órgão central, como os bancos que conhecemos, ou seja, é uma moeda que pode ser criada a partir de um computador.
Um Bitcoin pode ser enviado por qualquer pessoa por um computador ou um smartphone sem utilizar recursos da instituição financeira. Para essa transação acontecer é necessário que outras pessoas sejam testemunhas do envio.
O que os estudiosos acham sobre o Bitcoin?
Para João Carlos, as criptomoedas são o futuro da moeda. Elas podem facilitar as negociações em todo o mundo, mas ele entende a falta de confiança em investir em algo que “não existe”. “É um dinheiro que “não sabemos onde está”. Ele não existe fisicamente e não é necessário levar em carteiras. É totalmente digital.”
Esse mês, maio de 2018, um bitcoin vale em torno de 30 mil reais (dado retirado do site https://portaldobitcoin.com/preco-bitcoin/) mas, as criptomoedas são muito voláteis e, mês que vem, podem valer 60 mil reais. Para Pedro, essa mudança no valor da moeda ainda causa medo nos investidores, além do tempo de transação ser mais demorado.
“Estamos acostumados com dinheiro físico e cartões e, para os dois, a confirmação do pagamento é na hora”, confirma Pedro. Como o Bitcoin necessita da confirmação de outras pessoas, o tempo de transação é grande e com isso, as taxas são maiores.
Muitas Taxas
Mesmo não utilizando bancos como centros de transações, as criptomoedas possuem taxas. Cada pessoa que autentica a transferência das moedas recebe uma porcentagem do valor e, quanto mais rápido você deseja que seja a transação, maior será o valor cobrado. Além das tradicionais taxas de saques e depósitos, no mundo dos Bitcoins, existe uma valor que é cobrado para manter seu dinheiro online, parado lá no site. Ninguém iria cuidar da sua moeda sem cobrar, certo?
É bom, é seguro e precisa, ainda, se popularizar
O que entendemos então é que João Carlos e Pedro concordam que por agora é um investimento de alto risco pela volatilidade e pelas altas taxas, mas será sim a moeda do futuro, quando o atual grande desafio de diminuir o tempo de transação for alcançado.
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