Já parou para pensar no quanto a disponibilidade de água influencia no seu cotidiano? Ela não está apenas naquele copo que você bebe enquanto estuda ou depois das atividades físicas. Ela determina o que você está fazendo no dia a dia. A água é um recurso fundamental para geração de energia elétrica, produção de bens de consumo na indústria, abastecimento de casas e comércios, além de produção de alimentos.
Por isso, gastamos muita água! Alguns setores usam mais ainda, como é o exemplo da agricultura, pois a irrigação é a prática que mais consome água. A Organização das Nações Unidas (ONU) revela que aproximadamente 70% de toda a água disponível no mundo é utilizada para irrigação. No Brasil, esse índice chega a 67,2%. Abaixo falaremos mais sobre a irrigação.
O que nos preocupa é fato de a água ser um recurso não renovável. A gente gasta e a natureza não consegue regenerar ou devolver. Nosso consumo impacta o ciclo da água. Você se lembra dele?
Mais do que nunca, é preciso pensar em proteção, desenvolvimento, planejamento, gestão e uso eficiente de recursos hídricos. Esta semana, acontece em Brasília, o 8º Fórum Mundial da Água, que reúne especialistas e autoridades no assunto. Enquanto eles buscam soluções de conservação, a gente pode procurar se informar sobre o uso racional da água. O evento também comemora o Dia Mundial da Água, em 22 de março.
Irrigação, vilã ou mocinha?
A irrigação é uma prática presente em nosso cotidiano, seja nos gramados dos campos de futebol ou quando consumimos alimentos como arroz, feijão, legumes, frutas e verduras. Essa técnica utiliza um conjunto de equipamentos e métodos para fornecer às plantas quantidade de água necessária à sobrevivência, completando o que foi oferecido por fontes naturais (chuva e solo).
No Brasil, a irrigação cresceu muito partir das décadas de 1970 e 1980. Atualmente, estamos entre os países com maior área irrigada do planeta, embora ainda utilizemos uma pequena parte do nosso potencial para a atividade. Em regiões mais secas, a irrigação é essencial para que exista agricultura.
A irrigação é “mocinha” porque aumenta a produtividade de alimentos e permite a utilização do solo durante vários períodos do ano, mesmo em épocas sem muita chuva. A irrigação é “vilã” porque ocorre muito desperdício de água na atividade.
Existem leis e regras para o uso de recursos hídricos, que tentam regular a sustentabilidade da atividade, o aumento da eficiência e redução do desperdício. Nem sempre é possível fiscalizar esse uso racional.
De acordo com a Organização as Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, cerca de 60% da água utilizada em projetos de irrigação é perdida por fenômenos como a evaporação. Ainda segundo o órgão, uma redução de 10% no desperdício poderia abastecer o dobro da população mundial dos dias atuais.
Como economizar em casa?
A água é um direito humano primordial para todas as formas de vida na Terra. Apenas 0,5% da água do planeta é doce e pode ser usada para as necessidades humanas.
Em todo o mundo, mais de 1 bilhão de pessoas não tem acesso a água potável, aquela com qualidade suficiente para se beber e preparar alimentos.
Portanto, é preciso valorizar o recurso que chega às nossas torneiras, certo?
Abaixo, selecionamos três dicas importantes de economia doméstica:
No banho
Uma ducha aberta por 15 minutos consome 135 litros. Feche a torneira ao se ensaboar e reduza o tempo para 5 minutos: o consumo cai para 45 litros;
Ao escovar os dentes
Cinco minutos com a torneira aberta consome 12 litros. Molhe a escova de dentes e feche a torneira; coloque água num copo para bochechar. Consumo cai para menos de 1 litro. Uma única pessoa pode economizar 1,9 milhão de litros de água ao longo da vida simplesmente escovando os dentes com a torneira fechada;
Ao usar o vaso sanitário
Não aperte a descarga mais tempo do que o necessário. Cada acionamento de seis segundos gasta de 10 litros a 14 litros. Não jogue papel no vaso, será preciso mais uma descarga para o lixo ir embora.
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