Sabia que a tecnologia da informação e a engenharia podem ajudar a salvar as plantas?

Pesquisadores da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) criaram um programa de computador que prevê as reações de plantas aos ambientes de mudanças climáticas. É um sistema muito inteligente que dá 98% de acerto sobre o comportamento de um vegetal durante períodos de chuva ou seca.

Uma da espécies estudadas. Foto: Acervo dos pesquisadores

Uma da espécies estudadas. Foto: Acervo dos pesquisadores

Imagine se você tivesse um sistema de monitoramento que apontasse quantos centímetros cresceu em uma semana? E dissesse quantos passos você dá por dia ou as calorias gasta enquanto faz o dever de casa. É possível fazer essas medições em seres humanos, assim como nas plantas.

Cientistas da UFU pesquisaram durante 10 anos os comportamentos de seis espécies de plantas. Assim, puderam definir alguns padrões e anotar os dados sobre o tempo que elas gastam para crescer folhas, brotar botões de flores e frutos.

Todas essas rotinas das plantas foram monitoradas considerando a variação de temperatura e o regime de chuvas do ambiente. Assim como nós humanos mudamos de comportamento no tempo quente ou frio, as plantas também passam por alteradas. Até mesmo a interação das plantas com os animais muda, de acordo com as condições ambientais.

Foto: Marco Cavalcanti/UFU

Foto: Marco Cavalcanti/UFU

Durante os 10 anos da pesquisa, algumas plantas mudaram muito de comportamento. Algumas aceleraram outras atrasaram o crescimento. A bióloga Helena Maura Silingardi é uma das responsáveis pela pesquisa. Ela fala um pouco sobre esses diferentes comportamentos: “a partir do momento que as plantas respondem alterando a sua produção de folhas, frutos e sementes, vai haver uma alteração na vida dos animais que estão ligados a essas plantas”.

Engenharia e biologia

Para criar o programa de computador, os biólogos envolvidos na pesquisa contaram com a ajuda de engenheiros. Os dados coletados durante os anos de observação foram inseridos no software.

Foto: Marco Cavalcanti/UFU

Foto: Marco Cavalcanti/UFU

Com um bocado de matemática e tecnologia da informação foi possível reunir esses parâmetros de forma inteligente. Assim, o sistema passou a computador e fazer estimativas sobre crescimento das plantas.

E para que serve isso?

O programa ajuda a preservar espécies silvestres ameaçadas, pois indica comportamentos das plantas em condições variadas do ambiente.

Além disso, o sistema pode ajudar no planejamento de produção porque aponta ciclos de crescimentos de vegetais cultivados na agricultura.

Uma da espécies estudadas. Foto: Acervo dos pesquisadores

Uma da espécies estudadas. Foto: Acervo dos pesquisadores

Com informações da assessoria de imprensa da UFU.