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Fala Ciência discute fake news em tempos de pandemia

O evento, gratuito, acontece no dia 27 de agosto

Em tempos de fake news e pandemia, nunca foi tão essencial discutir a importância do papel da comunicação da ciência como agora. São muitas informações circulando em diversos canais, mensagens sendo disseminadas rapidamente e interesses políticos ou econômicos por trás dos conteúdos veiculados. Essa discussão é tema de uma das mesas-redondas que compõem a programação da 8° edição do “Fala Ciência: curso de comunicação pública da ciência” , que acontece no dia 27 de agosto, a partir das 9h.

“Divulgação científica e covid-19: ação e pesquisa” é, justamente, o tema da primeira apresentação, da qual participarão a jornalista Luisa Massarani, coordenadora do Instituto Nacional de Comunicação Pública em Ciência e Tecnologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e Luis Felipe Fernandes Neves, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde também da Fiocruz – linha de pesquisa Divulgação, Popularização e Jornalismo Científico. A mediação será de Fernanda Fabrino da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

Segundo o palestrante Luis Felipe Neves, a pandemia de covid-19 é uma crise sanitária sem precedentes e que ganhou cobertura integral da imprensa em todo o mundo. Para ele, nesse contexto, reforça-se o papel da mídia na comunicação e na divulgação científica, no sentido de prover informações e evitar a disseminação de fake news. “Essa tem sido uma função especialmente importante na atual pandemia. Com o noticiário tomado por gráficos, números, termos e conceitos científicos, também é um momento oportuno para se estudar a comunicação da saúde e da ciência”, acredita.

Divulgação científica

A segunda mesa-redonda terá como tema “Políticas institucionais de divulgação científica”. A pesquisadora Édina Ferreira, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), uma das participantes, reforça que, em tempos de pandemia e fake news, nada é mais importante do que mostrar à sociedade o que é o conhecimento científico e o que ele produz. “Acreditar na ciência e na pesquisa desenvolvida nas universidades é acreditar na vida”, diz ela.

Diélen Borges, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que participa do mesmo painel, acrescenta que a comunicação da ciência deve ser prioridade nas universidades públicas, pois essas instituições são as maiores desenvolvedoras de pesquisas no país. Segundo ela, a ciência é feita com recurso público, portanto, a sociedade deve acompanhar o desenvolvimento dessas pesquisas e entender o seu impacto social. Além das duas, também participam da mesa redonda Nayane Breder e Priscilla Fujiwara da Fundação Ezequiel Dias (Funed), e Sônia de Oliveira, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).

Na sequência, a mesa redonda “Por que os cientistas (mais do que nunca) precisam falar com os jornalistas” discute a importância de uma comunicação científica clara e objetiva que deve ser realizada entre cientistas e profissionais de comunicação. Nesse encontro, estarão presentes as jornalistas Sabine Righetti, da Agência Bori, e Amanda Almeida, da Gazeta do Povo, relatando sobre os desafios de estar do outro lado, ou seja, do lado da imprensa. “Esse é um momento em que o leitor se esquece que na ciência não há muitas certezas, mas sempre mais dúvidas, e a fonte se esquece que o tempo da ciência é, em geral, muito mais lento do que a vida normal exige”, observa Amanda Almeida.

Fala Ciência: para bom cientista meia palavra não basta

Na parte da tarde, os participantes devem escolher entre três sessões que acontecem simultaneamente, entre 15h30 e 17h. Em “Assessoria de imprensa: agite antes de usar”, serão abordados os desafios e as estratégias para estimular cientistas a divulgarem seus estudos em formatos mais acessíveis. Os convidados são os jornalistas Carlos Orsi e Bruno Lara, respectivamente, editor-chefe da Revista Questão de Ciência e pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade de Brasília (UnB).

Outra opção é “Divulgação Científica ao pé do ouvido: surfando na onda do podcast”, na qual serão apresentadas formas de construir e preparar programas que caiam no gosto tanto de pesquisadores quanto de ouvintes. Os convidados são os jornalistas Bernardo Esteves e Bia Guimarães. Ambos apresentam e roteirizam seus respectivos podcasts: Esteves representa o programa A Terra é redonda, vinculado à revista Piauí; já Guimarães, o podcast 37 graus, cuja série mais recente foi realizada em parceria com a Folha de São Paulo.

As escolas como terrenos férteis para a divulgação científica são o tema da terceira sessão: “Escola Básica: lugar de divulgação científica”. Nela, serão discutidas formas de apresentar a experiência científica para jovens, além de exemplos bem-sucedidos inserção de cientistas no cotidiano de estudantes e professores de escolas básicas. Os convidados são os pesquisadores Luciano Mendes e Guilherme Lopes; o primeiro é secretário regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Minas, enquanto o último é coordenador do “A ciência que fazemos”, projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

Todo o evento será transmitido no canal oficial da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) no Youtube. A participação confere certificado e, embora não seja necessário realizar a inscrição para participar do evento, os interessados em obter a certificação devem inscrever-se pelo Sympla.

Clique aqui para inscrições e certificados

Serviço:
8º Fala Ciência: curso de comunicação pública da ciência
Data: 27 de agosto de 2020
Horário: 9h às 17h
Transmissão: www.youtube.com/fapemigoficial
Inscrições (para receber certificado): https://www.sympla.com.br/8-fala-ciencia—curso-de-comunicacao-publica-da-ciencia__938193

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