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Mulher faz ciência: a jovem que leva água potável para regiões semiáridas

Conheça Anna Luísa Beserra, ganhadora do Prêmio Jovens Campeões da Terra

Foto: ONU Meio Ambiente

Primeira brasileira a vencer o Prêmio Jovens Campeões da Terra, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), Anna Luísa Beserra, 22, é mais uma personagem do segundo volume do e-book Mulher faz Ciência, que será lançado em fevereiro. A jovem é a inventora do Aqualuz, equipamento produzido com garrafas PET que trata a água da chuva captada em cisternas a partir da exposição à radiação solar.

O custo médio da instalação, desde a capacitação das pessoas da comunidade, passando pelo monitoramento até os relatórios de impacto, é de 700 reais. “O que a gente quer é dar independência do acesso à água potável. Garantir a máxima durabilidade da tecnologia e que a manutenção seja possível apenas com recursos que a pessoa tenha em casa”, diz.
Em 2019, 685 moradores do semiárido do Nordeste foram beneficiadas pela inovação. “Temos casos de famílias, de mães, que contam que seus filhos pararam de ficar doentes. Eles já consomem a água do Aqualuz. Crianças que, agora, frequentam mais a escola, melhoraram a qualidade de vida”, comemora.

Startup
O Aqualuz deu origem à Safe Drinking Water For All (SDW), startup de impacto socioambiental reconhecida pela ONU. A empresa participa de uma campanha, em parceria com duas instituições beneficentes, para instalar banheiros e cisternas equipadas com o dispositivo em Madagascar, na África. O objetivo é captar 200 mil reais para viabilizar a iniciativa. Assista ao vídeo da campanha:

A ideia
Anna Luisa Beserra formou-se em Biotecnologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Quando ainda estava no ensino médio, ela viu um cartaz, na escola particular onde estudava, em Salvador, sobre o Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O tema daquela edição, em 2013, era a água. “Desde a escola, a gente estuda sobre a falta de acesso a água potável no semiárido, como esse problema é grave. Seria minha primeira oportunidade de ser cientista”, lembra. Embora não tenha sido premiada, nascia, ali, o primeiro protótipo do Aqualuz.

Alessandra Ribeiro

Graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - Uni-BH (2004). Especialista em Imagens e Culturas Midiáticas (2008) e mestra em Comunicação Social (2020) pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG . É jornalista do projeto Minas Faz Ciência desde 2015 e autora do e-book Mulher faz Ciência.

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