No dia banal, diante da TV, o jovem historiador lembrou-se do pai. E, aos modos do Aleph, de Borges, percebera, ao centro da tela, a concentração de tudo (pixels, contornos, eras, ruídos, objetos, humanidades e axiomas), numa espécie de ponto a abrigar, em si, todos os demais pontos da existência. Sob a tempestuosa epifania de tal instante, a vida, simplesmente, se descortinara.
No dia banal, diante da TV, o jovem historiador lembrou-se do pai. E, aos modos do Aleph, de Borges, percebera, ao centro da tela, a nova autoridade a negar a existência de tudo (pixels, transtornos, silêncios, cortes, desumanidades e medos), numa espécie de ponto a abrigar, em si, todas as faces do mal. Sob a escatológica epifania de tal instante, a vida, simplesmente, se diluíra.
No dia banal, diante da TV, o jovem historiador lembrou-se do pai. E, aos modos do Aleph, de Borges, percebera, ao centro da tela, a nova autoridade a diluir a dignidade de tudo (pixels, adornos, amores, versos, canções, corpos e abraços), numa espécie de ponto a abrigar, em si, todas as doses do fel. Sob a ardilosa epifania de tal instante, a vida, simplesmente, se extinguira.
No dia banal, diante da TV, o jovem historiador lembrou-se do pai: “Seu ofício, meu filho, é alinhar a Lua do passado às noites do presente”. E, aos modos do Aleph, de Borges, percebera, ao centro da tela, a concentração de tudo, numa espécie de ponto a abrigar, em si, o inominável. Sob a epifania de tal instante, a vida, simplesmente, pousara. No dia (nada) banal, o jovem historiador lembrou-se do pai. Desligou a TV. E se lançou, descalço, às ruas do tempo.