A Tabela Periódica agrupa 118 elementos químicos em diferentes famílias. Com a organização dos períodos da tabela, algumas linhas horizontais seriam muito extensas. Por isso, duas séries costumam ficar à parte. Uma dessas séries é a dos lantanídeos, que inclui os elementos 57 a 71, como o lantânio, o cério e o lucério. Esses 15 elementos, somados ao escândio e ao ítrio, são conhecidos como terras raras. São metais que ocorrem nos mesmos minérios e apresentam propriedade físico-químicas semelhantes.
É estimado que cerca de 97% dos terras raras estejam localizadas na Ásia, especialmente na China. Apesar de não serem exatamente raros, os minerais de terras raras são mais difíceis de minerar e de extrair em função das suas semelhanças químicas. É o que torna esses metais relativamente caros.
“Esses elementos apresentam uma pequena variação no raio atômico, que faz com que haja uma grande dificuldade na sua separação após a extração do ambiente”, explica Jefferson Luis Ferrari, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ele coordena o Laboratório de Materiais Fotoluminescentes, onde pesquisa a síntese de materiais desenvolvidos com terras raras, e que apresentem propriedades fotoluminescentes.
As propriedades dos terras raras são usadas para diversas aplicações tecnológicas. Por exemplo, na fabricação de celulares, televisores de tela plana, fibras óticas e discos rígidos (HDs) com alta capacidade de armazenamento. Jefferson Ferrari estuda o potencial da fotoluminescência de materiais de terras raras para o tratamento de câncer e a identificação de impressões digitais, entre outras linhas de aplicações.
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