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Noite de astronomia na Serra do Rola Moça terá Lua cheia

Foto: Jéssica Bernardo/Gaab

A noite deste sábado, 18, será de Lua cheia. O planeta Júpiter poderá estar visível a olho nu. Atrativos a mais para participar do próximo encontro Astronomia na Serra do Rola Moça, que há uma década reúne interessados em observar o céu e especialistas no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Apaixonados por fotografia irão contar, também, com dicas do de astrofotógrafos amadores. Eles  podem ajudar a manusear binóculos, lunetas e telescópios para conseguir as melhores imagens dos corpos celestes.

“É uma atividade de partilha de experiências e conhecimentos”, resume Leonardo Soares, astrofotógrafo e professor de Física da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) . Ele foi um dos idealizadores dos encontros, que começaram em 2009, por iniciativa do Grupo de Astrônomos Amadores do Barreiro.

História

A administração do parque, mantido pelo Instituto Estadual de Florestas, assumiu as condições de infraestrutura para os encontros, que passaram a ser realizados mensalmente e abertos à população em geral. Entusiasta da astronomia, o professor voluntário da UFMG, Francisco Prado, foi outro apoiador, que acabou homenageado: a plataforma de observação construída no local foi batizada com seu nome.

Quem conta a história é o atual coordenador do projeto, Sidney Maia Araújo, professor de Física do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). “É uma conversa entre amigos, um encontro para falar de ciência e observar o céu”, diz. Hoje, a iniciativa foi transformada em projeto de extensão e envolve também o campus Betim do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMG). “O trabalho faz chegar ao público divulgação científica de qualidade, não pseudociência”, ressalta.

Araújo estima que cerca de 700 pessoas já tenham participado dos encontros. Os organizadores preparam uma programação especial para marcar os 10 anos do projeto e os 25 anos do Parque do Rola Moça, em setembro de 2019.

Para ver o céu

Não há previsão de chuva no próximo sábado, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. No entanto, o coordenador do projeto garante que, mesmo se chover, o visitante não perderá viagem. Uma orientação reforçada pelos organizadores é levar agasalho, já que as temperaturas costumam cair bruscamente durante a noite, no parque.

Antes da observação, haverá palestra sobre um tema da Astronomia. Os visitantes também receberão orientações de preservação ambiental, uma vez que o local é uma área de conservação.

Para quem tem interesse em fotografar os astros, o astrofotógrafo e professor de Física da UFVJM, Leonardo Soares, dá algumas dicas:

Aprimoramento do olhar

“A observação a olho nu é muito rica”, afirma o professor. Treinar o olhar é o primeiro passo para começar a fazer boas fotografias no futuro.

Fotos com smartphones

Alguns aplicativos, como Carta Celeste e Sky Map ajudam a reconhecer constelações. Diminuir o brilho da tela pode facilitar a observação de estrelas que emitem menos luz. É possível, também, acoplar o smartphone ao telescópio para capturar as imagens. Lembre-se de levar o aparelho com a bateria carregada.

Equipamentos avançados

Antes de começar a fotografar corpos celestes, é importante conhecer a própria câmera. Participar dos encontros com frequência ajuda a ganhar experiência na troca de experiências com outros astrofotógrafos. Independentemente do modelo da câmera, o tripé é essencial para este tipo de fotografia.

Serviço

O Parque Estadual da Serra do Rola Moça abrange quase 4 mil hectares, nos municípios de Brumadinho, Ibirité e Nova Lima. A entrada é pelo Jardim Canadá (Av. Montreal, s/n). As atividades começam às 18h deste sábado, 18, na sede administrativa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na página do Grupo de Estudo e Divulgação de Astronomia Intercampi (Gedai) do Cefet-MG.

Alessandra Ribeiro

Graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte - Uni-BH (2004). Especialista em Imagens e Culturas Midiáticas (2008) e mestra em Comunicação Social (2020) pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG . É jornalista do projeto Minas Faz Ciência desde 2015 e autora do e-book Mulher faz Ciência.

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