Pesquisadores desenvolvem rede social para solução de problemas

A rede social Sociedade Participativa (SoPa) tem o objetivo de proporcionar um ambiente estruturado para a solução de problemas da sociedade, com foco na comunidade de Itajubá e da Unifei.

O projeto foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Pesc), da Coppe / UFRJ.

A rede social é uma iniciativa apartidária, promovida como um ambiente colaborativo, possibilitando que membros contribuam para a solução de questões do dia a dia dos cidadãos da cidade e da comunidade acadêmica da Universidade.

Melise Maria Veiga de Paula, professora no Instituto de Matemática e Computação (IMC) da Unifei, explica que ao combinar diferentes recursos tecnológicos, como redes sociais, visualização da argumentação e gamificação, a SoPa facilita a comunicação, o entendimento das discussões e o engajamento dos usuários com a ferramenta.

Trabalho em andamento

A rede social SoPa vem sendo desenvolvida desde 2016. Sua primeira versão foi lançada em fevereiro de 2018. Ela já serviu de base para a dissertação de mestrado de Bárbara Pimenta Caetano (UFRJ), que foi finalizado em março deste ano.

[quote align=’right’]A rede social pode ser útil na comunicação entre sociedade e poder público, contribuindo para discussões sociais em que os membros da ferramenta estejam inseridos.[/quote]

Bárbara Pimenta Caetano é ex-aluna da Unifei e pretende, em sua tese de doutorado, sob orientação do professor Jano Moreira de Souza (Pesc/Coppe), aprofundar os estudos relacionados à participação da população via aplicativos e redes sociais como a SoPa.

Segundo ela, a ideia é que a ferramenta seja utilizada para experimentação e validação de hipóteses em cenários reais.

O estudante Gabriel Gomes da Silva, graduando em Ciências da Computação (Unifei), implementou recursos de notificação e de gamificação na ferramenta e a versão mobile da SoPa é tema do trabalho final de graduação de Tiago Aparecido Ferreira, graduando em Sistemas de Informação.

Para Gabriel Gomes, a principal motivação para a criação dessa rede social é estudar e utilizar as tecnologias para a criação de canais democráticos que sejam mais eficientes para a comunicação entre a população e as autoridades ou instituições.

Atualmente, existem duas versões da rede social. A primeira foi proposta na dissertação da aluna Bárbara, com foco em Itajubá.

Outra versão tem ênfase na discussão de questões pertinentes ao campus da Unifei.

No futuro, pretende-se fazer apenas uma versão, com a possibilidade de serem criados grupos para os diferentes interesses.

Para saber mais

A rede SoPa já foi abordada em artigos acadêmicos:

  • “Democracia digital: uma análise sobre recursos e aceitação,” no Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação, em 2016, em Florianópolis – SC;
  • “WeCollaborate: Citizen collaboration for government problem-solving”, na
    IEEE 21st International Conference on Computer Supported Cooperative Work in Design (CSCWD), em 2017, em Wellington, na Nova Zelândia
  • “Participação cidadã: um diagnóstico sob a perspectiva do ferramental disponível”, na Iberian Conference on Information Systems and Technologies, em 2018, em Cáceres, na Espanha.

Quem tiver interesse em participar da rede social para discutir questões pertinentes à Unifei deve acessar o link: sopa.hopto.org.

Para discussões voltadas para a cidade de Itajubá, deve-se acessar: www.sociedadeparticipativa.com.

Siga o projeto também no www.facebook.com/sopabrasil.

Infográfico: como melhorar a ferramenta?

Infográfico sobre participação na rede social SoPa / Reprodução Facebook
Com informações da Assessoria de Comunicação da Unifei.
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Verônica Soares

Jornalista, Mestre em História, Política e Bens Culturais, com Doutorado em Comunicação Social sobre textualidades midiáticas da divulgação científica em ambientes digitais.