A matemática referente ao título deste texto parece não fazer muito sentido quando se pensa em um raciocínio lógico. Difícil imaginar de que se repartindo, dividindo ou compartilhando, você possa sair com mais. Trata-se de algo parecido a Teoria do Queijo Suíço:
“Quanto mais queijo, mais buracos.
Cada buraco ocupa o lugar em que haveria queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.
Quanto mais queijos, mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo. Conclusão: Quanto mais queijo, menos queijo”
Confuso não? Mas deixando as questões lógicas de lado, na verdade é que quando se trata de startups, o pensamento de que se dividindo, pode se ter mais, é a pura verdade. O raciocínio utilizado pelos novos empreendedores das gerações X, Y e Z é que é melhor ter 1% de alguma coisa do que ter 100% de nada – porque 100% de nada é nada!
Outro dia, um jovem entusiasmado relatava ter vendido seu 1% de um aplicativo por R$ 10 mil, sendo que o negócio nem sequer encontrava-se disponível no Google Play ou Apple Store. Trata-se de uma aposta desse investidor que comprou uma parcela relativamente pequena, acreditando em um retorno maior.
Muita gente não sabe por exemplo que o vocalista da banda U2, Bono Vox, que gosta de investir no ramo de tecnologia adquiriu há muito tempo atrás míseros 2,3% do Facebook. De acordo com a revista Rolling Stones essa parcela do músico já chegou à casa de US$ 1, 5 bilhão – 2,3% de algo muito grandioso.
Por isso, esse novo empreendedor não se apega nessa questão da porcentagem. A ideia é distribuir e repartir. Observar as possibilidades e os possíveis parceiros estratégicos que poderão agregar valor ao projeto. Hoje, um programador e um designer são caros. Por que não encontrar profissionais desses segmentos e convidá-los para fazerem parte de sua startup? Ou mesmo, pessoas da área de marketing, comercial, comunicação ou gestão.
A vantagem de se ter um sócio ao invés de um “freela” ou empregado é que, com certeza, ele irá vestir mais a camisa da startup, do que se estivesse fazendo simplesmente um “job”. Deve ser por isso que uma das políticas de benefício da Apple é dividir ações entre colaboradores. Assim, no entendimento da gigante da maça, todos vão se comprometer ainda mais para o crescimento da empresa eternizada por Steve Jobs.
Hoje, se vive na era do Crowdsourcing. Modelo de criação, produção e gestão que utilizada mão-de-obra e conhecimento coletivo para desenvolver o negócio. A internet tornou-se uma enorme parceira para se formar comunidades para que essa interação aconteça. Até mesmos espaços físicos são disponibilizados para que as relações comecem e os negócios fluam – sendo elas, mesas ou baias de locais de trabalhos ou espaços como bares, cafés ou eventos.
Essas possibilidades servem para minar ainda mais as desculpas para não colocar os projetos em prática. Por isso, caso os recursos financeiros estejam curtos, pesquise, conheça pessoas, fale de suas ideias forme um time e coloque o negócio para funcionar. Quem sabe você não tem aí um grande sucesso parado com você.