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A Rede de Teleassistência de Minas Gerais (RTMG) foi criada em 2005 e investe na tecnologia como aliada da promoção da saúde.

O foco de atuação é em cidades com menos de 10 mil habitantes, com acesso a hospitais ainda é deficitário.

Nós já falamos sobre a rede em uma edição especial da revista Minas Faz Ciência, em 2014. Você pode ler a matéria completa no issuu.com/fapemig.

A Rede oferece o serviço de teleconsulta, que consiste no diálogo entre dois profissionais de saúde localizados em pontos distintos.

Também são feitas avaliações de exames e o objetivo é sempre chegar a um diagnóstico preciso.

Entre cada ponta do processo de teleassistência, uma secretária comanda o software de gestão das demandas e redireciona consultas e exames aos médicos plantonistas.

Imagem meramente ilustrativa cedida pela RTMG.

[quote align=’right’]Coordenada pelo Hospital das Clínicas da UFMG, a RTMG reúne outras seis universidades públicas mineiras: as federais de São João del-Rei (UFSJ), Uberlândia (UFU), Juiz de Fora (UFJF), do Triângulo Mineiro (UFTM) e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e a Estadual de Montes Claros (Unimontes).[/quote]

Do Brasil para o Peru

O governo do Peru decidiu investir nessa economia proporcionada pela tecnologia da telessaúde. 

Recentemente, autoridades de saúde do Peru firmaram parceria inédita com o Centro de Telessaúde do Hospital das Clínicas (HC) da UFMG e a Pontifícia Universidade Católica do Peru (PUC-Peru).

Com o projeto de teleassistência, é possível emitir com rapidez e precisão laudos de exames cardiológicos e oftalmológicos para a população ribeirinha de uma das áreas mais remotas da Amazônia peruana.

O trabalho da equipe do HC vai se concentrar na implantação do sistema desenvolvido na UFMG e no treinamento dos profissionais peruanos.

No mês de maio, projeto piloto desenvolvido no vilarejo de Santa Clotilde, no Departamento de Loreto, comprovou a viabilidade da proposta.

O vilarejo está situado em um território com extensão aproximada à do estado de Minas Gerais. Existem apenas três hospitais, e o acesso se dá somente por barcos ou transporte precário, como motocicletas adaptadas.

A equipe da PUC-Peru instalou toda a infraestrutura de telecomunicação rural sem fio na região, que possibilitou alguma experiência em atendimento a distância.

Imagem meramente ilustrativa cedida pela RTMG.

Como funciona?

O profissional de uma unidade de saúde remota envia pelo sistema a demanda de atendimento para a central do Telessaúde.

Informa, também, dados clínicos do paciente, exames ou imagens de lesões, para esclarecer dúvidas em relação ao diagnóstico.

A demanda é classificada preliminarmente por esse profissional como eletiva, prioritária ou de urgência.

Após análise remota, a equipe do plantão clínico da Telessaúde emite laudo do exame recebido.

O exame pode ser um eletrocardiograma, Holter, Mapa, retinografia, ou espirometria.

Também é possível responder às dúvidas do colega, dispensando, na maioria dos casos, a avaliação dos especialistas.

Com informações do Boletim UFMG 2024.

Verônica Soares

Jornalista de ciências, professora de comunicação, pesquisadora da divulgação científica.

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