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Arte: Fatine Oliveira/ Minas Faz Ciência

Ser excelente é ter um desempenho admirável e excepcional nas atividades que desenvolve. Quando se trata de fazer ciência, a excelência está ligada ao equilíbrio entre investimento, equipamentos, parcerias internacionais, qualidade dos recursos humanos, produtividade, entre outros fatores.

No Brasil, a medida de excelência em programas de pós-graduação, em que acontece boa parte das pesquisas científicas do país, é a Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os resultados da avaliação periódica são expressos em notas, numa escala de 1 a 7, que são atribuídas aos mestrados e doutorados após análise de indicadores.

No último resultado, 184 dos 4.175 programas de pós-graduação alcançaram a nota 7, a pontuação máxima. Isso significa que 4,4% atenderam perfeitamente a critérios estabelecidos pela coordenação.

Os dados mostram disparidade entre a ciência brasileira, numa divisão regional. Do total de programas que alcançaram nota máxima, 138 estão na Região Sudeste. Em Minas, dos 426 programas, 25 estão com nota 7. O estado está 5,9% acima da média nacional na excelência de pesquisas científicas.

São conceito máximo:

16 programas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

5 programas da Universidade Federal de Viçosa (UFV);

2 programas da Universidade Federal de Lavras (UFLA);

1 programa da Universidade Federal de Uberlândia (UFU);

1 programa da no Instituto René Rachou/Fiocruz Minas.

A partir de hoje, o Minas Faz Ciência inicia uma série de reportagens sobre os programas de Minas Gerais que alcançaram, pela primeira vez, a nota 7. Vamos entender como é a ciência que se faz nessas instituições reconhecidas pela CAPES.  Ademais, mostraremos em que medidas esses programas retornam benefícios para a sociedade, entendendo o impacto da ciência de excelência em nosso dia a dia.

Serão 9 semanas com publicações que contam as especificidades das áreas de pesquisa, além das perspectivas de cientistas que fazem parte dos programas. Você poderá acompanhar matérias sobre Bioinformática, Parasitologia, História, Estudos Linguísticos, Odontologia, Genética e Melhoramento de Plantas e Ciências da Saúde.

Como funciona a avaliação

A CAPES agrupa as avaliações em 49 áreas do conhecimento seguindo quesitos básicos estabelecidos no Conselho Técnico Científico da Educação Superior (CTC-ES).

De acordo com a coordenação, a avaliação do sistema nacional de pós-graduação, na forma como foi estabelecida a partir de 1998, é orientada pela Diretoria de Avaliação e realizada com a participação da comunidade acadêmico-científica por meio de consultores convocados com a finalidade de assegurar e manter a qualidade dos cursos de mestrado e doutorado no país.

Os resultados da avaliação servem como referência para a distribuição de bolsas e recursos para o fomento à pesquisa, além da identificação de assimetrias regionais e de áreas estratégicas de produção do conhecimento no Brasil. Os dados podem servir para orientar ações de indução na criação e expansão de programas de pós-graduação no território nacional.

Todos os dados sobre a última avaliação quadrienal estão disponíveis no site da CAPES, onde podem ser consultados panorama, distribuição e variação de notas de todas as instituições avaliadas.

Critérios de avaliação

Os avaliadores, divididos em comissões, coletam e analisam as informações sobre cada programas. Depois, deliberam sobre o conceito que será atribuído. Entre os critérios observados estão:

– Publicação de livros e artigos em periódicos acadêmicos, considerando também o impacto dessas publicações;

– Coerência, consistência, atualização das áreas de concentração, linhas de pesquisa, projetos e proposta curricular;

– Planejamento do programa;

– Infraestrutura para ensino e pesquisa;

– Corpo docente (titulação, diversificação, experiência)

– Contribuição para ensino e pesquisa na graduação;

– Quantidade e qualidade de teses e dissertações defendidas;

– Eficiência na formação de mestres e doutores;

– Produção técnica;

– Inserção e Impacto regional e nacional (programas de extensão, cursos oferecidos ao público geral, projetos de desenvolvimento social, entre outros)”

– Integração e cooperação com outros programas e centros de pesquisa e desenvolvimento profissional e envolvimento da pesquisa

– Visibilidade e transparência dada pelo programa à sua atuação.

A maior parte dos programas de pós-graduação brasileiros, 35,9%, têm nota 4.  Esta última avaliação resultou no aumento de nota para 23% dos programas e queda de conceito para 9,6%. A manutenção da nota foi observada em 66,8% dos avaliados.

MATÉRIAS DA SÉRIE:

CIÊNCIA E BIG DATA: SAIBA O QUE FAZEM OS BIOINFORMATAS

HISTORIADOR: CIENTISTA QUE GERA CONSCIÊNCIA CRÍTICA SOBRE O TEMPO

GENÉTICA DE PLANTAS: UNIVERSO FASCINANTE DO MELHORAMENTO DE VEGETAIS

CIÊNCIA E SAÚDE PÚBLICA: A RELEVÂNCIA SOCIAL DOS ESTUDOS EM PARASITOLOGIA

CIENTISTAS E O LADO HUMANO DAS DESCOBERTAS SOBRE DOENÇAS

GENETICISTAS DE MINAS SÃO EXPORTADORES DE SOFTWARES E CULTIVARES

EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL NA ODONTOLOGIA

CIÊNCIA QUE TRANSCENDE MUROS DA UNIVERSIDADE RUMO À SALA DE AULA

Luana Cruz

Mãe de gêmeos, doutoranda e mestre em Estudos de Linguagens pelo Cefet-MG. Jornalista graduada pela PUC Minas. É professora em cursos de graduação e pós-graduação na Newton Paiva, PUC Minas, UniBH e ESP-MG. Escreve para os sites Minas Faz Ciência e gerencia conteúdo nas redes sociais, além de colaborar com a revista Minas Faz Ciência.

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