No último domingo, 5 de novembro, completaram-se dois anos da tragédia da barragem de minérios em Mariana. Ainda é longo o caminho a ser percorrido. Vítimas permanecem no aguardo de indenizações e da reconstrução de seus lares.
Do ponto de vista da ciência, divulgamos aqui diversas iniciativas de pesquisa sobre mineração, biodiversidade do Rio Doce e recuperação das áreas destruídas.
Em 2016, a Fapemig lançou a chamada CAPES-FAPEMIG-FAPES-CNPq-ANA de Apoio a Redes de Pesquisa para Recuperação da Bacia do Rio Doce. O objetivo foi apoiar projetos de pesquisa de caráter interdisciplinar, desenvolvidos em rede.
A união de diferentes instituições serviu para pensar, propôr e desenvolver soluções relacionadas à recuperação do Rio Doce.
O resultado desse edital foi publicado em julho de 2017. Como o tempo da ciência é diferente do tempo das notícias, ainda é cedo para colher os frutos dessas propostas.
Enquanto isso, você pode ler os textos que selecionamos abaixo. São pesquisas que já estavam em andamento antes mesmo da tragédia.
Tais estudos podem lançar novas perspectivas para a mineração e a recuperação das áreas destruídas.
Pesquisas antes e depois da tragédia
Na edição nº 68 da Minas Faz Ciência, publicamos uma reportagem em defesa de uma nova mineração. Na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o grupo Reciclos há anos estuda propostas de reutilização de rejeitos como alternativa às barragens de minério.
No Ondas da Ciência, entrevistamos o professor Daniel Cardoso de Carvalho sobre possibilidades de recuperação da bacia do Rio Doce. Antes do desastre, Daniel havia finalizado uma extensa coleta de amostras de mais de 300 peixes da Bacia do Rio Doce para caracterização genética. Esse acervo tem informações cruciais para a recuperação da biodiversidade no local.
Além disso, em 2016, quando a tragédia completou um ano, divulgamos aqui o lançamento do livro infantil “Um dia, um rio”, do escritor Leo Cunha.