Rompimento em Mariana: crime ou desastre ambiental?

No próximo dia 5 de novembro, o rompimento da barragem do Fundão, em Bento Rodrigues, Mariana (MG), completará dois anos. O desastre ambiental é considerado pelos especialistas como o maior do Brasil. Foram 19 mortes e o fim da vida de toda uma comunidade local, que até hoje espera por promessas não cumpridas.

Vozes e silenciamentos em Mariana: crime ou desastre ambiental?

Nesta quarta-feira, 18 de outubro, será lançado o livro “Vozes e silenciamentos em Mariana: crime ou desastre ambiental?”, organizado pela jornalista, professora e pesquisadora Graça Caldas, com participação de 35 alunos do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp.

Os textos foram elaborados na disciplina Linguagem: Jornalismo, Ciência e Tecnologia. O livro conta a trajetória do desastre, seus antecedentes e desdobramentos.

Em suas 352 páginas amplamente ilustradas, a construção coletiva tem sete capítulos: Meio Ambiente, Política e Economia: uma difícil equação; A vida antes da tragédia; Da água para a lama; Viagem ao epicentro; O desastre ambiental: Vozes e visibilidade; Memória e esquecimento.

O lançamento será às 14h30, no auditório da Diretoria Geral da Administração da Unicamp. No mesmo dia, haverá debate sobre “Os múltiplos efeitos de Mariana”. A proposta é discutir aspectos ambientais, sociais, políticos, econômicos, históricos e midiáticos.

Convite para o lançamento do livro do Labjor/Unicamp sobre o desastre de Mariana

O legado da lama

O desastre da barragem do Fundão já foi tema de inúmeros posts e reflexões aqui no Minas Faz Ciência.

Logo após o rompimento, entrevistamos o pesquisador Daniel Carvalho, da PUC-MG, sobre os tesouros do Rio Doce: peixes coletados e catalogados antes de a lama tomar conta de tudo.

Também já fizemos podcast sobre a lama do Rio Doce e divulgamos pesquisas que visam ao desenvolvimento de uma nova mineração.

Quando a tragédia completou uma ano, em 2016, divulgamos o livro Um dia, Um Rio, do escritor Leo Cunha, que tratou com uma sensibilidade a morte do Rio Doce.

Clique nos links acima e navegue pelas postagens anteriores sobre o tema.
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Verônica Soares

Jornalista de ciências, professora de comunicação, pesquisadora da divulgação científica.

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