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Foto: Laboratório de Engenharia de Alimentos - LEA/DCA UFLA

Pesquisadores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) trabalham na produção de figo desidratado, uma alternativa de consumo da fruta. O figo verde é muito usado para doces em caldas, mas é crescente no Brasil a demanda pela fruta desidratada. Nosso país ainda não produz essa opção, portanto, o produto que chega aos consumidores é importado e tem preço elevado. A ideia é que possamos fazer a versão nacional.

Foto: Laboratório de Engenharia de Alimentos – LEA/DCA UFLA

O figo é um alimento com baixo teor de gordura e alto teor de minerais, água e fibras. Possui significativa quantidade de cálcio, magnésio, fósforo, potássio, vitamina B1, além de potencial antioxidante e anti-inflamatório. Portanto, muito rico para a alimentação.

A pesquisa foi realizada por Ronaldo Elias de Mello Júnior, sob a orientação do professor Jefferson Luiz Gomes Correa, durante o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da UFLA. Eles foram motivados pela demanda de produção da forma desidratada em Minas Gerais.

A coleta da fruta foi feita em propriedades rurais de São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, em parceria com Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário (Sedeagro). A pesquisa tem apoio da Fapemig.

De acordo com Ronaldo Elias, a primeira descoberta foi que o figo verde é um grau de maturação e não uma variedade da fruta, como pensavam os pesquisadores. Amostras de figo verde passaram por um processo de desidratação osmótica, em que são colocadas em uma solução de açúcar concentrada.

A fruta perde a umidade e agrega açúcar, o que melhorar o sabor depois da secagem. No entanto, os pesquisadores enfrentaram dificuldades na etapa de secagem, pois não obtiveram a fruta com sabor e textura desejáveis. Assim, decidiram mudar os rumos do trabalho.

Processos em laboratório. Foto: Laboratório de Engenharia de Alimentos – LEA/DCA UFLA

Começaram a usar o figo maduro para a mesma experiência de desidratação. Desta vez, chegaram a bons resultados e uma fruta muito parecida com a importada da Turquia.

Foto: Laboratório de Engenharia de Alimentos – LEA/DCA UFLA

“A vantagem da fruta desidratada é a conservação. A secagem proporciona tempo de armazenamento do produto. Além disso, é uma nova forma de consumo para agregar ao mercado. Há também a vantagem da redução do volume e peso do figo, o que facilitaria a logística em casos industriais”, explica Ronaldo Elias.

Os pesquisadores agora vão continuar as investigações com o figo verde, com objetivo de chegar a um produto de qualidade.

Enquanto isso, avaliam as possibilidades de tornar comercial a produção da fruta desidratada no Brasil.

Luana Cruz

Mãe de gêmeos, doutoranda e mestre em Estudos de Linguagens pelo Cefet-MG. Jornalista graduada pela PUC Minas. É professora em cursos de graduação e pós-graduação.

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