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Para a maioria dos brasileiros, todo dia é dia de um cafezinho! Mineiro, então, já chama até de cafezin, bem mais íntimo! Em homenagem ao dia 24 de maio, em que comemora-se o Dia Nacional do Café, vamos falar um pouco sobre tecnologia no cultivo do café mineiro.

[quote align=’right’]Muita gente não sabe que nossos grãos passam por constantes aprimoramentos e que a tecnologia é uma aliada do bom café. [/quote]

Em Minas Gerais, pesquisas realizadas na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) buscam aprimorar o grão de café por meio do desenvolvimento tecnológico.

Busca-se ganho de produtividade, resistência a pragas e doenças, adaptação às mudanças climáticas e melhorar o potencial para bebidas de qualidade.

Outros temas de pesquisa estão nas áreas de colheita e pós-colheita, produção orgânica e levantamentos socioeconômicos. A integração da pesquisa e do setor produtivo é um caminho promissor para a geração de conhecimento aplicado e inovador na agroindústria cafeeira.

Tecnologia no cultivo de café no cerrado mineiro

Principal produto agrícola de Minas Gerais, o café constitui uma das mais importantes linhas de pesquisa da Epamig.

Foto: Divulgação: Equipe técnica em visita aos experimentos de café

Em parceria com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, a Epamig tem um projeto em andamento que busca identificar materiais genéticos de café mais adaptados para diferentes microrregiões do Cerrado Mineiro.

Foram implantadas Unidades Demonstrativas em 29 propriedades para observar como esses materiais se comportam em resistência a doenças, produtividade e qualidade de bebida.

A equipe técnica acompanha o tipo de manejo adotado nas fazendas e faz o levantamento dos dados sobre o desenvolvimento de cada cultivar e sua adaptação em cada propriedade.

Ao final do projeto, será possível identificar qual cultivar se adaptou melhor em cada propriedade. Os resultados serão compartilhados com cerca de 4.500 produtores do cerrado mineiro, região que possui 55 municípios pertencentes à Denominação de Origem.

Histórico

As pesquisas em cafeicultura intensificaram-se na década de 1970, após a ferrugem, principal doença do cafeeiro, ser constatada nas lavouras brasileiras. Além de técnicas para conter a expansão da doença, foram desenvolvidos cultivares resistentes e novas técnicas de cultivo, manejo e cuidados na pós-colheita do café.

Por meio do Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro, parceria da Epamig com outras instituições de pesquisa, como Embrapa Café e Universidades Federais de Lavras e de Viçosa, desenvolveram-se 15 cultivares de café, sendo 11 delas resistentes à ferrugem.

Alguns desses novos materiais têm-se caracterizado pela adaptação em regiões não tradicionais à cultura, como o Vale do Jequitinhonha. O produto final também se destaca com pontuações excelentes em concursos e tem atraído o interesse de grandes empresas do mercado de cafés especiais.

Evento:

No próximo dia 30 de maio, a EPAMIG realiza o 12º Encontro Tecnológico do Café. O evento será no Campo Experimental do São Sebastião do Paraíso.

Serão apresentadas as tecnologias para a cafeicultura, além de estandes sobre cuidados no preparo e secagem do café, manejo contra doenças, novos fungicidas e outros temas.

Para mais informações, entre em contato pelo telefone (35) 3531-1496.

Com informações da Assessoria de Imprensa da Epamig.

Verônica Soares

Jornalista de ciências, professora de comunicação, pesquisadora da divulgação científica.

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