Pesquisa aponta estratégias para futuro do clima da capital mineira
Quais as regiões que podem ser mais afetadas pelas chuvas em Belo Horizonte? Como as mudanças climáticas afetarão às próximas décadas? As transformações no clima já produzem impactos como alagamentos, falta de água e deslizamentos. Buscar essas respostas e saber quais são as localidades mais prováveis de serem atingidas pode contribuir para antecipar ações e desenvolver estratégias para reduzir perdas e danos. Isso é possível através da Análise de vulnerabilidade às Mudanças Climáticas, realizada pela WayCarbon, em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte.
[quote align=’right’] As tendências da projeção climática para 2030 indicam um aumento de 32% na variação relativa à exposição climática de eventos associados a chuvas intensas em BH[/quote]
O estudo foi realizado entre julho de 2015 e 2016 e apresentado a sociedade em dezembro. De acordo com a análise, as tendências indicam um aumento de 32% na variação relativa à exposição climática de eventos associados a chuvas intensas em Belo Horizonte, potencializando o risco de inundações e deslizamentos, ampliando a propensão a perdas e danos.
Em relação à saúde, a pesquisa aponta o acréscimo dos casos de doenças tropicais transmitidas por mosquitos vetores. No caso da dengue, por exemplo, as ocorrências quadruplicaram na última década. Isso está associado ao aumento da temperatura mínima e umidade do ar como condicionantes climáticos que favorecem a dinâmica da doença.
Além disso, a análise demonstra que as regiões da capital mais vulneráveis à inundação são: Nordeste, Leste, Centro-Sul e Norte de Belo Horizonte. Em relação a deslizamentos, a região sul de Belo Horizonte, Serra do Curral e Rola Moça apresentam alta vulnerabilidade influenciada pela declividade e geologia. O estudo também aponta os dez principais bairros em vulnerabilidade, mostrando seus desafios para o futuro.
Projeto
A análise foi possíveis através da plataforma Model of Vulnerability Evaluation (MOVE), desenvolvida pela WayCarbon, com apoio da FAPEMIG, Finep e CNPq. A plataforma conecta várias informações disponíveis sobre exposição climática, sensibilidade socioambiental e capacidade do sistema de lidar e se adaptar às novas condições. Para isso, utiliza-se mapas georreferenciados e bases estatísticas para identificar as áreas mais vulneráveis e os impactos (deslizamentos, inundações, ondas de calor e dengue). Os resultados gerados permitem identificar as principais causas de risco e informações essenciais para definir e priorizar as estratégias de adaptação.
De acordo com o CEO da WayCarbon, Henrique Pereira, os resultados produzidos evidenciam as áreas geográficas ou produtivas de interesse prioritário. Neste contexto, a representação espacial das vulnerabilidades contribui para auxiliar a compreensão de um sistema complexo de causa e efeito. Sendo assim, a plataforma oferece uma resposta às demandas de “onde intervir”, “como fazer” e “quanto gastar” para se adaptar às transformações climáticas.
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Interessante.
muito bom o seu artigo
😀 Obrigada. Roberta e MFC agradecem!
muito bom o seu artigo