Porque pode ser muito legal e divertido também.
Nós conversamos com vários estudantes de graduação que fazem parte de projetos de pesquisa nas suas universidades e que estavam participando da FINIT – Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia, realizada em BH entre os dias 09 e 13 de novembro de 2016. E adivinha? Eles adoram fazer ciência e pesquisa nos seus respectivos projetos.
Eu, participar de um Projeto de Pesquisa?
Ao entrar na faculdade os alunos muitas vezes se deparam com opções de estágio em “Projeto de Pesquisa”, “Projeto de Extensão”, “Bolsa de Iniciação Científica” sem saber exatamente o que isso significa. Por serem associados ao fazer científico, parecem ser trabalhos difíceis, maçantes e nem um pouco divertidos.
Mas o que nós viemos falar pra vocês hoje é que sim, participar de Projetos de Pesquisa, seja como bolsista de Iniciação Científica ou Pesquisador, pode ser muito divertido e instigante. Fazer ciência não é só estar em laboratórios brancos, repletos de béqueres ou fazendo diversos cálculos em um quadro negro. Pode ser isso sim, mas pode ser muitas outras coisas também.
O que é um Projeto de Pesquisa?
Um projeto de pesquisa é um documento no qual o pesquisador explicita os objetivos e o caminho que ele pretende percorrer pra atingir esse objetivo. Esse documento é usado pra pedir financiamento e apoio financeiro para instituições de fomento à pesquisa como a FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais.
Esse projeto é nada mais que uma carta de intenção na qual o pesquisador se compromete a realizar determinadas atividades a fim de buscar a resposta pra uma questão que lhe interessa. Essa questão pode ser uma dúvida sobre a implicação de uma determinada coisa, a busca por uma nova droga, o desenvolvimento de um mecanismo, a elaboração de uma atividade, dentre tantos outros. Dentro desse projeto, o pesquisador pode prever a oferta de bolsas de “Iniciação Científica”, para alunos de graduação, de monitores de “Projetos Extensão” ou “Apoio Técnico”, para profissionais graduados, por exemplo.
Ao fim da pesquisa, o pesquisador precisa prestar contas do que foi realizado – principalmente se tiver recebido apoio financeiro de terceiros – e entregar um produto final. O produto final depende tanto da área de conhecimento a qual o projeto está ligado, quanto dos objetivos de determinado projeto: pode ser um livro, podem ser X artigos publicados em periódicos, pode ser o desenvolvimento de uma atividade ou pode ser um produto concreto, por exemplo. Já os Projetos de Extensão são aqueles projetos que objetivam estender o conhecimento desenvolvido em sala de aula.
Então, o que eu faço em um Projeto de Pesquisa e/ou Extensão?
Bom, isso vai depender primeiro da sua área de atuação. A depender da graduação que você cursa, do Departamento do qual você participa, da área de atuação do seu professor e, principalmente, dos objetivos de um determinado projeto.
No caso da Lauren de Souza, aluna de Ciências Biológicas da UFMG, e participante do projeto de Extensão do Museu de Ciências Morfológicas da UFMG, ela trabalha auxiliando na divulgação científica para crianças. Para trabalhar no projeto, ela conta que passa por um período de estudo das matérias que são abordadas no museu, depois faz provas para saber se está apta e aí começa a participar da apresentação do museu para os visitantes.
Ela também faz parte de projetos do museu, como o projeto “A Célula ao alcance da mão” que visa produzir modelos de gesso para que pessoas com deficiência visual possam entender o funcionamento das células pelo tato. “Eu resolvi entrar no museu pra desenvolver esse contato com o público. O projeto tem me ajudado muito a desenvolver a interação com as pessoas, tenho aprendido muita coisa nova nos projetos que eu participo”, conta Lauren. “Fazer ciência pode ser muito divertido!”.
Exemplares produzidos no projeto “Célula ao alcance da mão”
Divertido e gostoso também, no caso dos alunos do projeto “Protótipos de Chocolate para impressoras 3D” desenvolvido no CEFET-MG.
Isso mesmo, o trabalho visa desenvolver uma impressora que imprima não só em três dimensões, mas com chocolate ao invés de plástico. No desenvolvimento do trabalho, os alunos aprendem e passam por todo o processo com supervisão dos professores.
“Aprendemos bastante sobre várias áreas e no final temos um saldo bastante positivo, tanto da parte divertida de montar a impressora, quanto de ver o desenvolvimento do protótipo mesmo”, conta Lucas Henrique Ferreira, aluno do curso técnico de Eletrônica do CEFET-MG.
“Fizemos estudos desde o processo de produção do chocolate, até sobre a matéria de Instrumentação e Controle que está por trás do projeto. Minha participação nas aulas melhorou muito, passei a entender a matéria porque via a aplicação da teoria durante o projeto”, conta Jade Gonçalves, aluna do curso técnico de Eletrônica do CEFET-MG.
Quero participar! Como fazer?
Procure saber primeiro o que você gostaria de estudar, depois entre nos sites dos Departamentos que contemplam a sua área de interesse. Não precisa ser necessariamente da sua faculdade. Muitos professores aceitam alunos de outros cursos e outras faculdades em seus projetos.
Depois, pesquise os Grupos de Pesquisa e Professores e suas respectivas áreas de interesse. Aí você já vai ter uma primeira ideia das possibilidades que existem. Basta entrar em contato com os professores responsáveis e perguntar sobre o processo seletivo! Vale a pena!
Veja outros estudantes falando sobre suas experiências nos vídeos publicados na nossa página do Facebook
O aluno de Engenharia, Guilherme, fala sobre seu projeto no NEAC-CEFET
A aluna Hyana Bacelete, estudante de Engenharia Aeroespacial da UFMG, falar sobre as opções de pesquisa no Departamento.
O aluno Caio Pereira conta o que ele e os colegas fazem no projeto TROIA – Equipe de robótica da UFLA