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Divulgação Científica para crianças

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Cientistas mineiros participaram na Turquia, entre os dias 26 e 28 de abril, da 14a edição da Conferência Comunicação Pública de Ciência e Tecnologia.

Conheça algumas das pesquisas apresentadas na conferência.

1. Entre fantasia e realidade: as concepções do Continente Antártico na primeira infância

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Tânia Costa e Lara Mucci Poenaru apresentam os resultados de uma sequência didática desenvolvida durante seis meses no Museu Itinerante Ponto UFMG, em que estudantes entre 6 e 7 anos recriaram suas concepções prévias sobre a Antártica.

As análises se basearam em atividades escritas, desenhos, gravações e anotações de campo.

Notou-se que as concepções iniciais dos alunos estavam permeadas por elementos fantasiosos, muitas vezes mesclados a informações advindas de filmes como Happy Feet e Era do Gelo.

A comparação entre os desenhos iniciais e aqueles realizados após a exposição dos alunos a informações científicas sobre o continente demonstraram uma transição da fantasia à realidade, levando a uma ampliação do repertório criativo dos participantes.

Os resultados da pesquisa apontam para a importância da imaginação e da fantasia no processo de aprendizagem, enquanto ponto de partida para trabalhar os conceitos equivocados.

2. Eu não me auto denomino “Cientista”

Adlane Vilas-Boas, em co-autoria com Tayline Silva Oliveira e Juliana Santos Botelho, busca compreender, em sua pesquisa, porque professores brasileiros evitam se autodenominar cientistas.

Partindo da evidência de que poucas pessoas no país são capazes de nomear um cientista contemporâneo, as pesquisadoras ouviram 20 professores de um instituto de pesquisas biológicas, explorando formas de auto denominação em situações formais e informais.

Os resultados mostram que a maior parte dos entrevistados não utiliza o termo “cientista” para se apresentar.

Por meio de grupo focal, alguns motivos para se identificarem como professores universitários e não cientistas foram evidenciados: 1) porque esta é a posição para a qual foram contratados; 2) “cientista” não é uma profissão regulamentada no Brasil.

As discussões mostraram ainda uma conexão entre a falta de visibilidade dos cientistas e o baixo investimento no setor, apontando caminhos para compreensão dos processos de profissionalização em ciências em países emergentes.

3. Sentidos do Nascer: uma exposição interativa itinerante para engajamento social e mudanças em saúde pública

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Esta foi a pesquisa de Bernardo Jefferson Oliveira, em co-autoria com Sonia Lansky, Verona Campos, Kleyde Ventura, Amelia Augusta Friche, Rejane Spitz, Newton Gamba Jr.

A exposição interativa itinerante estruturada em quatro containers busca contribuir para a mudança da percepção sobre o nascimento, incentivando a valorização do parto normal e redução da cesariana desnecessária.

Dentro da exposição, inicialmente, as pessoas se vêem grávidas, em seguida, passam por uma loja caricata, na qual o nascimento é explorado como um negócio, assistem a um diálogo controverso sobre nascimento e, finalmente, passam por uma experiência sensorial emotiva de parto.

A exibição móvel utiliza diferentes recursos midiáticos e de linguagem, alcançando públicos com diferentes formações, de maneira divertida e interessante.

Os resultados têm surpreendido a equipe responsável pelo projeto, na medida em que funciona como elemento catalisador de debates entre atores de diversos segmentos, favorecendo a articulação entre grupos locais, políticas públicas e elevando a consciência sobre projetos rivais de diferentes representações sociais em uma esfera pública.

Sentidos do Nascer é um projeto financiado pelo CNPq, Ministério da Saúde e Fundação Bill & Mellinda Gates, que conjuga arte, ciência e tecnologia. Utiliza metodologias de pesquisa-ação para promover transformações nas representações sociais sobre o parto e nascimento e para analisar as implicações da exposição na percepção dos visitantes.

4. Ciência no Ar: ferramentas antiquadas encontram ferramentas digitais para a comunicação científica.

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O projeto Ciência no Ar teve início em 2011, na UFMG, utilizando meios não convencionais como ônibus e programa de rádio, para levar a ciência aos moradores da região metropolitana de Belo Horizonte.

Para ampliar o alcance, os responsáveis passaram a utilizar ferramentas digitais como blogs e redes sociais.

Na fase atual, dados coletados nas redes sociais são analisados para compreender as possibilidades de engajamento trazidas pelas tecnologias digitais e verificar novas formas de ampliar a participação nas discussões sobre ciência.

Fazem parte do projeto e assinam o artigo Alan Sales Barbosa, Daniella Do Valle, Elisa Gonçalves Andrade, Paulina Maia Barbosa, Adlane Vilas-Boas.

5. Outra face das Ciências Biológicas: Investigando os resultados do trabalho em projetos de popularização da ciência sobre a escolha profissional de estudantes de graduação.

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Nesta pesquisa, foram ouvidos quarenta alunos que trabalharam no projeto de popularização científica  da UFMG “Ciência para ler e ouvir”.

Neste projeto, os estudantes de graduação, das áreas biológica e de comunicação, trabalham principalmente com a produção de texto para rádio, internet e leitura em ônibus.

A pesquisa, de autoria de Monica Bucciarelli Rodriguez, Juliana Santos Botelho e Adlane Vilas-Boas, busca compreender como este envolvimento no período de graduação influencia nas escolhas profissionais dos formandos.

Saiba mais:

  • Site da Conferência
  • Programa e resumos

 

MFC

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