Começa nesta segunda-feira, 16 de março, o 1º WITEC – Workshop de Inovação Tecnológica, que terá como lema “Porque Inovar, é preciso!”. O evento é gratuito e on-line.
Até o dia 22, mais de 20 experts renomados, nacionais e internacionais, da área de inovação tecnológica, vão compartilhar conteúdo de alto valor, informações práticas, aplicáveis e organizadas, além de vários cases de sucesso que podem ser aplicados e impactar positivamente os resultados de uma empresa.
A jornalista da FAPEMIG, Vivian Teixeira, conversou com o idealizador do evento, Lucas Coelho! Confira abaixo a entrevista:
Como surgiu a ideia de fazer o evento?
Tenho trabalho com consultoria em Projetos de Inovação Tecnológica há 7 anos e observo que a informação sobre o assunto é escassa e difusa. Há clusters de inovação, como incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos e outros ambientes, mas são poucos.
Não adianta falar de inovação – e aqui me refiro a especificamente à inovação tecnológica -, se não tivermos muitos ambientes de inovação no Brasil, de forma a termos uma CULTURA DE INOVAÇÃO.
Em agosto de 2014, surgiu o insight para montarmos uma plataforma on-line para transmitir informações práticas, claras, com ferramentas que pudessem impulsionar negócios de base tecnológica em todo o território nacional.
Como palestrantes e micro empresários interessados estão sendo mobilizados para participar desse projeto?
Comecei chamando amigos consultores que estivessem alinhados com o objetivo de passar um conteúdo prático e que realmente pudesse ser uma ferramente ou uma inspiração no processo de desenvolvimento de negócios de base tecnológica. Era preciso uma pré-condição: o palestrante tinha que FAZER aquilo sobre o qual iria FALAR.
A partir desse grupo inicial, fui convidando outros e montamos uma equipe de experts, termo usando sem nenhuma pretensão de bajulação, e sim por serem pessoas que são consultores, gestores de empresas, do governos, profissionais que trabalham com o tema sobre o qual irão falar.
Na sua opinião, como a inovação é vista no Brasil atualmente?
O termo inovação virou clichê. É bonito e pega bem mas, na hora de fazer, poucos fazem de verdade. De um lado, há um caráter empresarial: inovar é arriscar, e os riscos geralmente são elevados, e pior, são difíceis de mensurar. Do outro, há um aspecto empreendedor: inovar é iniciar um projeto sem ter todas as ferramentas para executá-lo e sem ter a certeza do resultado final. Acredito que precisamos contaminar positivamente mais pessoa e empresas. Isso é o que o Witec representa.
Como podemos melhorar esse patamar e gerar valor por meio da inovação?
São os empreendedores que vão conduzir esses novos negócios tecnológicos, sejam eles empresários, professores, estudantes, consultores, servidores públicos. Precisamos fornecer informação e formação, estrutura e, por fim, precisamos dar apoio legal.
65% das empresas do Brasil são micro e pequenas empresas, que faturam de R$0 a R$360 mil, e de R$ 360mil a R$ 3,6milhões por ano, respectivamente. Isso é muito dinheiro. São essas empresas que vão desenvolver os estágios iniciais da inovação. São elas que vão interagir com instituições de ciência e tecnologia, captar novos recursos e vender suas tecnologias para empresas maiores – ou vão se tornar empresas maiores.
Não é justo olhar para uma empresa de base tecnológica no início de seu ciclo de vida da mesma maneira que se olha uma empresa tradicional. A empresa de base tecnológica enfrenta igualmente o risco de mercado, mas enfrenta, ainda, um risco anterior: o tecnológico. É preciso diminuir os custos tributários durante os estágios iniciais da empresa de base tecnológico e as burocracias das agências regulatórias.
Há algum pré-requisito para participar do evento Witec?
Não há pré-requisito técnico, só é preciso possuir um e-mail para se inscrever on-line. O evento é direcionado para aqueles que são ou que desejam ser empreendedores, além de empresários, start-ups, inventores e gestores.