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Egoísmo poderia ter extinto seres humanos

Imagine a seguinte situação: Dois suspeitos, presos pela polícia, são interrogados em celas separadas. Diante de um acordo de liberdade proposto pelos policiais, eles devem decidir sozinhos se entregam um ao outro ou se preferem se calar. Quem denuncia, conquista a liberdade, desde que o outro fique calado, o que leva esse a ser punido com seis meses de prisão. Se eles entregam um ao outro, ambos ficam presos durante três meses. No entanto, se os dois optarem por ficar em silêncio, eles ficam apenas um mês na prisão.

Esse é o modelo chamado “jogo do dilema do prisioneiro”, usado por pesquisadores da Michigan State University, nos Estados Unidos, num estudo que mostra que ser cooperativo traz vantagens sobre o egoísmo. Foi por meio de teorias de simulações de situações de conflito e de cooperação que os cientistas conduziram a pesquisa. Publicado na Nature Communications, o estudo concluiu que a evolução não favorece aos egoístas e que se as pessoas exercessem mais ações voltadas para o próprio benefício, os seres humanos poderiam ter sido extintos.

O que normalmente se esperaria nesse jogo é que os prisioneiros não cooperassem um com o outro, porque não existiu, antes, uma conversa para que eles chegassem a um pacto. Logo, o melhor a ser feito seria mesmo entregar o adversário para poder ter a própria liberdade. Mas, segundo a pesquisa, agir de má fé poderia dar uma vantagem apenas a curto prazo.

 Outra pesquisa

Contrariando a recente pesquisa, em 2012, foi realizado um estudo que indicou que os egoístas apresentariam vantagem sobre atitudes daqueles que prezassem pela cooperação. A pesquisa, que recebeu o nome de “egoísta e de má fé”, revelou que o resultado dependeria de que um dos participantes soubesse da decisão do outro. Assim, poderia adaptar sua estratégia.

Num ambiente evolucionário, conhecer a decisão do adversário não seria uma vantagem a longo prazo, já que o oponente também poderia desenvolver o mesmo mecanismo de reconhecimento usado pelo adversário.

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