Amarelão de Jeca Tatu pode ter vacina e com sua ajuda
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Se você não conhece, seus avós sim! Seus pais talvez também já devem ter ouvido falar da ancilostomíase. Provavelmente com um de seus outros nomes, como essa verminose é mais conhecida: doença do amarelão ou opilação. A doença do Jeca Tatu – personagem de Monteiro Lobato, de 1918 – ainda hoje atinge mais de meio milhão de pessoas de todo o mundo.
O ancilostomídeo ou hookworm, em inglês (algo como verme gancho), é um parasita intestinal. Sua larva, que vive no solo, tem a capacidade de passar pela nossa pele. Ela pode ser contraída quando se anda de pé descalço em locais contaminados, por exemplo.
Relacionado à pobreza e a maus hábitos de higiene, o amarelão provoca desnutrição, anemia, desânimo, déficit cognitivo e dificuldade de aprendizagem, principalmente em crianças. Em algumas áreas de Minas Gerais, estima-se que entre 55% e 87% da população esteja infectada. Raramente ela leva à morte, mas como é crônica, o mais comum é a pessoa ter a doença repetidas vezes.
Mas todo o sofrimento por traz dessa infecção pode estar com os dias contados. O Centro de Pesquisas René Rachou – Unidade mineira da Fundação Oswaldo Cruz – ligada ao Ministério da Saúde, já começou a testar o que pode se tornar a primeira vacina contra o amarelão: a Vacina NaGST1. Os testes são feitos em parceria com a Universidade George Washington, Instituto Sabin de Vacinas e Universidade Federal de Minas Gerais.
Após confirmar em laboratório que o medicamento testado é seguro, os pesquisadores já começaram a fase 1, em seres humanos, para testar sua confiabilidade. Até agora, os efeitos colaterais relatados são os clássicos vermelhinho no local e aquela dorzinha, característica, de toda injeção. Nada, além disso.
Também não é possível que a pessoa contraia a doença pela vacina.
Segundo a bióloga Renata Caldeira Diniz, se aprovada em todos as fases dos testes em humanos a vacina será produzida no Brasil e distribuída pelo SUS. As fases 2 e 3, com pessoas infectadas, serão realizadas nas áreas endêmicas brasileiras.
Ela destaca ainda que em geral os voluntários são pessoas que têm maior preocupação com o outro e querem contribuir com o avanço da ciência e com a qualidade de vida das pessoas que vivem em áreas pobres, não só no Brasil.
Quem quiser ser voluntário só precisa ser saudável, ter idade entre 18 e 45 anos e morar na região metropolitana de Belo Horizonte.
Para mais informações: (31) 3349 7715 /
Trilha sonora: Steffan Andrews – Jenova Returns- in www.last.fm
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Republicou isso em Biólogo31.
nao achei o que queria humor irritada
Olá Adrielly, obrigado por expressar sua opinião. Por favor, informe o que você gostaria de ter visto na notícia e que faltou, para corrigirmos nas próximas. Felicidades!
muito interessante!
muito boa essa pesqusa
Obrigado pela participação, Gabriela. Volte sempre! E envie sugestões…
eu aqui oo