Diogo Brito
Sempre existiu e sempre existirá uma necessidade latente no homem de inventar seu mundo e inovar seus costumes. Há centenas de anos o ser humano inventa um novo modo de como agir e interagir com o ambiente a sua volta em uma busca incessante pelo que chamamos de evolução.
Dominar o fogo e a descoberta, ou a invenção, da roda talvez sejam os dois mais importantes feitos. Isso sem deixar de citar momentos cruciais na nossa história como descobertas científicas que nos levaram (e levam) a viver mais e melhor. O homem sempre questionador e tentando explicar tudo nos encaminhou à filosofia; à criação dos mitos; à teoria da evolução; Teoria da Relatividade, à arte. Ah! A arte!
A arte talvez sempre indicasse os nossos desejos mais profundos. Já dizia Andy Warhol: “A vida imita a arte, ou a arte imita a vida?” Não sei ao certo, estou confuso. Lembro – me de quando criança assistir a vários desenhos a animados (sim! Criar personagens e dar vida e movimentos é arte!). De inúmeras animações, uma em especial apontava a que nível nós poderíamos estar na virada dos anos 2000. Ou pelo menos mostrava o nosso desejo de estar.
Quem nunca se pegou imaginando um mundo com robôs que limpassem as nossas casas enquanto estaríamos fazendo o que mais gostamos? Igual aos Jetsons? Sim! Como não?
A virada de século já aconteceu, mas a série produzida nos anos de 1961 e 1962 talvez esteja próxima da nossa realidade. Se compararmos alguns aspectos encontraremos algumas semelhanças, mas claro, essa família está anos luz a frente do nosso tempo.
Se sonhar é preciso, poderíamos então dizer que no imaginário de seus criadores, a modernidade dos carros flutuantes, casas com um aspecto arredondado e robôs já nos davam pistas de onde poderíamos querer chegar um dia? Talvez sim. Ou talvez não. Loucura, tantas suposições.
O que posso assegurar é que nosso mundo atual vive em torno de três pilares: Ciência, Tecnologia e Inovação.
Na última década vimos nossas vidas mudarem completamente a cada novo produto lançado no mercado. Absolutamente normal para uma espécie que vive em mutação constante. Passamos da oralidade à escrita. De aldeias a grandes cidades. Dos produtos artesanais a modernas indústrias que hoje fazem em horas que fazíamos em meses. Da prensa de Gutenberg ao email e muitas outras criações que mudaram completamente a forma como interagimos e nos comunicamos com o nosso mundo.
O que assistimos hoje, online, claro! ; ) é nosso mundo se tornando cada vez mais automático, plugado, conectado…reinventado.
Dois novos produtos podem inovar mais uma vez nosso Modus-Vivendus. No último dia 04, a Google revelou o protótipo do chamado Project Glass. Uma espécie de óculos que é capaz de interagir com o celular e outros aparelhos móveis sem ao menos você interromper seu café da manhã para realizar uma tradicional busca na internet.
Com aplicativos parecidos com o Android e comando de voz o usuário consegue obter mensagens instantâneas, vídeo conferência, compras orientadas e rotas em tempo real. Mais uma vez é a tecnologia trazendo inovação.
Pensa que paramos por aqui? É apenas o começo.
Segundo informações do blog do Estadão, o mundo hoje tem mais de 1bilhão de veículos. O volume de carros cresce a cada dia, nossas ruas não. Pelo menos ainda. O resultado é simples: engarrafamentos e um trânsito cada vez mais complicado.
Enquanto o trânsito não flui vamos sonhar e imaginar nossas vidas novamente como no desenho Os Jetsons. Se essa leitura fosse feita em um engarrafamento, certamente o primeiro pensamento seria ter um carro que voasse. Alucinação? Claro que não! A empresa holandesa PAL – V concretizou o sonho daqueles que imaginaram que um dia isso fosse possível. Sim, eles lançaram um protótipo de um carro que voa e ainda com autonomia de 350 a 500 km no ar em uma velocidade de até 180 km/h.
Caros leitores, onde vamos chegar? O mundo caminha a passos imensamente largos. A cada novo sonho há alguém para realizá-lo. O provérbio chinês está certo quando diz: “Cuidado com o que deseja, pois pode acontecer.”