[soundcloud url=”http://api.soundcloud.com/tracks/40124988″ iframe=”true” /]
Será que a sua escova de dentes está protegida da contaminação por micróbios e fungos?
O dentista Fernando Luzia França, do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, CEFET-MG, da unidade Araxá, sabendo que na maioria dos lares o risco de contaminação ainda é grande buscou formas de responder a esta dúvida com ações objetivas.
A saúde bucal do brasileiro vem melhorando nos últimos 10 anos, considerando os dois grandes estudos feitos em todas as regiões do país pelo Ministério da Saúde, os SBBrasil 2004 e 2010. Mas os documentos também mostram que a cárie dentária continua sendo nosso principal problema.
Nesta edição #17 do Ondas da Ciência o dentista Fernando França fala da proposta que fez a partir de seus estudos e que incluem uma série de cuidados.
De lavar as mãos a manter a escova – adequada para a sua boca –, diariamente, em local e condições corretos. As substâncias bactericidas que ele recomenda “borrifar” nas cerdas da escova, usando um spray, são Gluconato de clorexidina 0,12% ou cloreto de cetilpiridinium 0,05%.
Os resultados de sua pesquisa, “O cuidado em relação à higiene das escovas dentais após seu uso”, foram apresentados em janeiro, durante o 30º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), na categoria Saúde Coletiva.
Levantamento nacional
Comparando o levantamento nacional de saúde bucal (SBBrasil +), edições publicadas em 2010 e 2004 , houve discreta redução no índice de dentes cariados, perdidos ou obturados (CPO), que é usado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para comparar a saúde bucal de pessoas de diferentes países
No Brasil, a cárie em jovens com 12 anos de idade, por exemplo, caiu de 69% em 2003, para 56% em 2010. 19% a menos de cárie nessa idade, na comparação. A média de dentes cariados em crianças caiu de quase 3 (2,8), para 2 dentes (2,1), em 2010. 25% menos que em 2003.
Mas o problema mais grave está entre os idosos. Cerca de 7 milhões de pessoas com idade entre 65 e 74 anos estão total ou parcialmente sem dentes. De 2003 a 2010 a cárie caiu apenas 1%, nessa faixa etária.