Educação superior mineira em pauta
Debates, palestras e mesas-redondas enriqueceram a discussão sobre novos caminhos a serem traçados para o ensino no Estado
Por dois dias o auditório JK, na Cidade Administrativa, sede do Governo de Minas Gerais, foi o centro de discussões e troca de ideias a respeito de novas perspectivas para o ensino superior no Estado. Com o tema “Minas Construindo a Universidade Cidadã”, o I Congresso Mineiro de Ensino Superior apresentou assuntos importantes que cooperam para o crescimento e a inserção de mudanças na educação mineira.
Educação a distância e Educação continuada e internacionalização da Educação superior foram temas apresentados ao público formado por professores, pesquisadores e reitores das universidades mineiras. Na primeira mesa o secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Nárcio Rodrigues, discursou sobre a importância da formação continuada de professores de instituições públicas e a reestruturação da Fundação Helena Antipoff (FHA) para implantação do sistema de educação à distância, com o intuito de formar novos mestres e dar continuidade à formação dos que já estão na prática docente. “A escola de formação continuada é uma iniciativa que vai ser implantada para melhorar o ensino em Minas. A Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior está junto com a Secretaria de Estado da Educação para oferecer todo o aparato tecnológico necessário”.
O secretário explicou que para o sistema de educação a distância ser bem sucedido serão necessárias mudanças, além da Fundação Helena Antipoff, na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Além dessas iniciativas, será pensada a estrutura curricular baseada no modelo de sucesso já existente na Unimontes e aprovado pelo Ministério da Educação. “Vamos discutir o que temos proposto e eleger os conteúdos de maior utilidade para Minas Gerais”, afirmou.
Já em relação à internacionalização do ensino superior, foi apresentada a importância das universidades mineiras investirem na divulgação e incentivo de parcerias com centros tecnológicos e universidades de outros países. A professora Dulce Maria Viana Mindlin, coordenadora de assuntos internacionais da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), apontou algumas iniciativas que já estão em funcionamento em Ouro Preto e que podem ser implantadas em outras universidades com o objetivo da estabelecer vínculos de cooperação internacional. “É importante ofertar cursos com disciplinas em outros idiomas e nós já fazemos isso no departamento de Química com matérias ensinadas em inglês, pois queremos estudantes do mundo todo. Além disso, participamos de calouradas e oferecemos material de divulgação e incentivo à internacionalização da Ciência”. A professora ainda propôs uma reflexão aos participantes ao afirmar que, para que a cooperação internacional aconteça em Minas, é necessário primar pela qualidade e, de acordo com Dulce Maria Viana “pesquisa é qualidade”.
Outras palestras e mesas redondas foram apresentadas em torno do seguinte eixo: “Plano Nacional de Educação: perspectivas e desafios para a educação superior, as interfaces da educação básica com a educação superior e Pesquisa, extensão e inovação”. O tema contou com a participação do presidente da Fapemig, professor Mario Neto Borges.
Prêmio Marcos Luiz dos Mares Guia
O congresso também contou com solenidade especial para entrega do prêmio de Pesquisa Básica Marcos Luiz dos Mares Guia. O vencedor, escolhido com unanimidade pela comissão julgadora, foi o Instituto de Biotecnologia Aplicada à Agropecuária (Bioagro), da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O diretor Joaquim Hernan Patarroyo Salcedo recebeu o prêmio das mãos do presidente da Fapemig, Mario Neto Borges, e do secretário Nárcio Rodrigues.
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